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REFLEXÃO


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pensata
23/01/2004

Erro de Cristovam Buarque foi a paixão

O problema essencial de Cristovam Buarque foi manter-se no cargo com a paixão militante pela educação. Para ele, país educado é país civilizado. E lutar pela educação é lutar pela civilidade.

Ele me disse várias vezes saber que suas colocações incomodavam o Palácio do Planalto no geral, e Lula, em particular. Argumentava, porém, que, depois de que saísse do ministério, queria se sentir orgulhoso de ter ajudado a criar no país uma obsessão pelo conhecimento. Tornou-se mais um crítico da mazela educacional do que propriamente um realizador, até porque pouco ficou no governo.

Intelectual refinado, nem sempre soube medir que a especulação de um ministro, exposta francamente, tem impactos muito maiores do que a de um acadêmico.

Antes de tomar posse, vários amigos o advertiram de que ele iria ficar por pouco tempo, já que seu estilo iria se chocar com o governo.


Coluna originalmente publicada na Folha Online, na editoria Pensata.

   
 
 
 

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