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Empresas
faturam alto com o penta brasileiro
O futebol realmente é uma caixinha de surpresas. Muitas vezes
surpresas boas, como atestam as empresas que acreditaram na seleção
canarinho e na paixão do brasileiro por futebol. Muitas delas
traçaram planos de marketing agressivos para a Copa do Japão
e da Coréia ainda no ano passado - quando nem exames de DNA
seriam capazes de identificar a família Scolari - e agora
colhem, junto com a seleção, os louros da conquista.
Talvez ninguém
tenha ganho mais dinheiro do que a TV Globo. Única TV aberta
com direitos de transmissão do Mundial para o Brasil, a empresa
teve que pagar sozinha os US$ 150 milhões pelo evento. Conseguiu
vender a última das seis cotas de R$ 35 milhões pouco
antes da Copa.
Mas as bandeiras,
fitinhas, cornetas e perucas verde e amarelo foram, como sempre,
a sensação. Com preço médio de R$ 5,
tornaram-se formas simples e baratas de torcer pela seleção
brasileira. Os ambulantes - principalmente do comércio informal
- foram os que mais faturaram com a festa, para infortúnio
dos lojistas, que não aproveitaram o "efeito Copa"
- que de quatro em quatro anos faz alguns comerciantes venderem
em um mês quase 50% do faturamento anual.
Com o resultado
garantido, só resta a essas empresas celebrarem. Muitas delas
irão investir em campanhas comemorativas do pentacampeonato.
Provavelmente, também estarão festejando as mais felizes
campanhas de marketing de todos os tempos.
Leia
mais:
- Empresas lucram com o Mundial
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Empresas
lucram com o Mundial
Exposição da marca compensou os altos investimentos
em marketing. O futebol realmente é uma caixinha de surpresas.
Muitas vezes surpresas boas, como atestam as empresas que acreditaram
na seleção canarinho e na paixão do brasileiro
por futebol. Muitas delas traçaram planos de marketing agressivos
para a Copa do Japão e da Coréia ainda no ano passado
- quando nem exames de DNA seriam capazes de identificar a família
Scolari - e agora colhem, junto com a seleção, os
louros da conquista.
Talvez a empresa
que tenha mais a comemorar seja a TV Globo. Única TV aberta
com direitos de transmissão do Mundial para o Brasil, a empresa
teve que pagar sozinha os US$ 150 milhões pelo evento. Conseguiu
vender a última das seis cotas de R$ 35 milhões pouco
antes da Copa. Além das cotas, a emissora vendeu por R$ 9
milhões o top de cinco segundos para a Nestlé e mais
uma série de inserções que, somadas, equivalem
a mais duas cotas de patrocínio. Na semana passada, a Globo
já tinha atingido o ponto de equilíbrio da operação,
segundo informa o superintendente comercial da emissora, Octávio
Florisbal. Empresas que resolveram apostar pelo menos R$ 35 milhões
no pacote da Globo vibraram com o ataque mais positivo da competição
e com os recordes de audiência da emissora. Na final, foram
67 pontos na média.
Exposição
como essa "desce redondo", afirma o diretor de marketing
da Companhia de Bebidas das Américas (AmBev), Miguel Patrício.
A fabricante das marcas Brahma, Skol e Antarctica, que investiu
mais de R$ 35 milhões na Copa, comemorava o resultado antes
mesmo da final. Os índices de audiência recompensaram
a empresa com uma fantástica exposição da marca.
A empresa também não pode reclamar da venda de cerveja.
Na semana passada, a Brahma já era envasada nas latas normais.
As promocionais, alusivas ao Mundial, acabaram. Outro gol marcado
foi a campanha da tartaruga, que se tornou o principal mascote do
Brasil no torneio.
Não é
apenas a Brahma que tem a comemorar na AmBev. O pessoal do guaraná
Antarctica colhe os frutos de ser o patrocinador oficial da seleção
até do outro lado do mundo. O diretor de refrigerantes da
empresa, Juan Vergara, comemora. "A imagem da seleção
é tão forte no Brasil, quanto é em Portugal,
na Espanha e no Japão", diz o executivo referindo-se
aos mercados no exterior onde o guaraná é vendido.
A norte-americana
Nike, fornecedora do material esportivo da seleção,
também não tem do que reclamar. As vendas das camisas
da seleção triplicaram durante o torneio. A empresa
espera ainda um ótimo volume de vendas para a nova camisa,
com a quinta estrela que representa o pentacampeonato.
A ex-patrocinadora
da seleção, Coca-Cola, não ficou decepcionada.
A empresa comprou uma das cotas da Globo. Segundo o vice-presidente
de marketing da empresa, Fernando Mazzarolo, a Coca-Cola gastou
mais da metade do orçamento de marketing de R$ 200 milhões
na Copa.
Entre as montadoras,
Citroën e Volkswagen também comemoram. A francesa Citroën,
por exemplo, resolveu - em dezembro do ano passado - comprar um
pacote de um ano junto à Globosat. Parte do espaço
nos canais de TV por assinatura era uma cota de patrocínio
da Copa no SporTV, o canal especializado em esporte do grupo e que
alcançou a liderança entre os canais por assinatura.
A diretora de marketing da Citroën, Nívea Morato, considera
um sucesso a campanha do Xsara Picasso Brasil. Com o modelo, a empresa
chegou a liderança do setor, à frente de Renault e
GM. Já a Volkswagen aproveitou a Copa para fazer seu mais
importante lançamento no ano, o do novo Polo. Segundo o diretor
geral de mídia da Almap/BBDO, Paulo Camossa Jr., que atende
a empresa a audiência ficou acima da expectativa.
Com o resultado
garantido, só resta a essas empresas celebrarem. Muitas delas
irão investir em campanhas comemorativas do pentacampeonato.
Provavelmente, também estarão festejando as mais felizes
campanhas de marketing de todos os tempos.
(Gazeta
Mercantil)
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