Exclusão
digital afeta mais as mulheres
A revolução
digital está passando ao largo das mulheres brasileiras.
E, com isso, sua exclusão dos postos de trabalho mais qualificados
pode se tornar um problema crônico. Estudo inédito
realizado pela Fundação Perseu Abramo revela que apenas
29% das brasileiras são usuárias de computador e somente
14% da população feminina acessa sempre ou vez ou
outra a internet. Abaixo, até mesmo, da média nacional
(19%).
A forma de participação
no mercado de trabalho, se formal ou informal, cria duas realidades
distintas da mulher com a informática. Em média, 57%
das mulheres que estão na população economicamente
ativa (PEA) já viram um computador, mas nunca o usaram. O
número de mulheres que utilizam o computador com freqüência
restringe-se a 14%. Entre as mulheres com carteira assinada, 59%
nunca utilizaram a internet e 29% acessam a rede com certa regularidade.
Entre as que estão na informalidade, 55% estão fora
da rede, contra 13% que estão "online" com freqüência.
Tradicionalmente,
mulheres brasileiras têm escolaridade maior que os homens.
O que poderia pressupor maior preparo para ocupar cargos que exigem
conhecimentos em novas tecnologias. Não é o caso.
Uma das conclusões mais surpreendentes do estudo é
a de que o crescente nível de escolaridade entre as mulheres
não tem ajudado a reverter sua situação diante
da realidade virtual. Só as mulheres que concluíram
o ensino superior têm o hábito de acessar a internet.
Nesse universo, a proporção de usuárias chega
a 69%.
Ao que tudo
indica, ainda há uma concentração masculina
nos setores mais informatizados e, às mulheres, estão
sendo direcionados postos na saúde e educação.
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