Educação
reduziria trabalho informal
Cerca de 60%
dos novos postos de trabalho criados na América Latina e
no Caribe, na década de 90, estão ligados ao setor
informal da economia. Seis de cada 10 novas vagas criadas estavam
na informalidade na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa
Rica, México e Peru. O Banco Mundial (Bird) sugere a adoção
de políticas públicas para investir na educação
e na capacidade de inovação para tentar reduzir a
informalidade.
"Se o conhecimento
for deixado apenas nas mãos do mercado, sua oferta será
deficiente", diz o documento elaborado pelo economista-chefe
para América Latina do Bird, Guillermo Perry. Na década
de 90, muitos trabalhadores perderam seus empregos em indústrias
que antes eram protegidas pelos governos da região. Outros
passaram por períodos de desemprego muito longos ou sofreram
grandes perdas de salário, quando não foram atingidos
por ambas as situações.
Um dos motivos
para esse comportamento do mercado de trabalho foi o desafio de
países como Argentina, Brasil, México e Peru de reduzir
taxas de inflação. Elas chegaram a três dígitos
nesse período. Esses países quiseram criar políticas
fiscais e monetárias confiáveis. Isso porque, enquanto
tentavam buscar a estabilidade, enfrentaram vários planos
econômicos e uma grande instabilidade nos salários
e nos empregos da população nos últimos 20
anos.
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Bird:
aumento do emprego informal é perturbador para a América
Latina
O Banco Mundial
(Bird) considera perturbadora a redução na qualidade
dos empregos na América Latina e no Caribe na década
de 90, onde cerca de 60% dos novos postos de trabalho criados estão
ligados ao setor informal da economia. Segundo o estudo anual do
organismo sobre a América Latina e Caribe divulgado ontem,
em Montevidéu, estavam na informalidade seis de cada dez
novas vagas criadas na década de 90 em Argentina, Brasil,
Chile, Colômbia, Costa Rica, México e Peru.
Embora ainda
não identifique o problema como uma tendência para
os próximos anos, o Bird sugere a adoção de
políticas públicas para investir na educação
e na capacidade de inovação.
"Se o conhecimento
for deixado apenas nas mãos do mercado, sua oferta será
deficiente", diz o documento elaborado pelo economista-chefe
para América Latina do Bird, Guillermo Perry.
Segundo o banco,
na década de 90, muitos trabalhadores perderam seus empregos
em indústrias que antes eram protegidas pelos governos da
região, enquanto outros passaram por períodos de desemprego
muito longos ou sofreram grandes perdas de salário - quando
não foram atingidos por ambas as situações.
Um dos motivos
para esse comportamento do mercado de trabalho foi o desafio de
países como Argentina, Brasil, México e Peru de reduzir
taxas de inflação que chegaram a três dígitos
e de criar políticas fiscais e monetárias confiáveis.
Isso porque, enquanto tentavam buscar a estabilidade, enfrentaram
vários planos econômicos e uma grande instabilidade
nos salários e nos empregos da população nos
últimos 20 anos.
O documento
também destaca que o perfil das exportações
da maioria dos países da região mudou muito pouco.
Mas destaca que o Brasil, por exemplo, ainda mantém uma vantagem
comparativa em uma variedade de produtos que vão de itens
agrícolas a manufaturas. Mesmo assim, o banco mostra que
o comportamento das exportações de máquinas,
desde o início da década, indica que o único
setor no qual o Brasil mantém uma grande vantagem em relação
a outros países é o de transportes, principalmente
aeronaves. O relatório dedica uma capítulo especial
para a experiência de sucesso da Embraer.
Outro motivo
para o receio demonstrado pelo estudo é o fato de os recursos
naturais dos países estarem determinando aquilo que exportam,
apesar das previsões de vários organismos e estudos
internacionais de que a América Latina e Caribe deveriam
acompanhar o sucesso manufatureiro da Ásia. A preocupação
está em que uma contínua especialização
em recursos naturais deixará a região na retaguarda,
posicionada na economia "velha" e mais lenta.
(O Globo)
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