Acúmulo
de riqueza não refletem avanços sociais em São
Paulo
Estudo inédito
da Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise
de Dados) identificou, pela primeira vez, as cidades paulistas socialmente
"injustas". Elas são ricas, mas isso não
converte em melhoria das condições de educação
e saúde da população.
A pesquisa,
encomendada pela Assembléia Legislativa, levou um ano e meio
para ser produzida e compara 26 indicadores dos anos 90 dos 645
municípios paulistas. "Além de fazer um raio
X da situação econômica e social dos municípios,
o índice poderá ser usado para avaliar a atuação
dos novos prefeitos", afirmou o presidente da Assembléia
Legislativa, Vanderlei Macris (PSDB).
Em oposição
aos municípios "injustos", os técnicos descobriram
cidades pobres com estatísticas médias ou acima da
média de escolaridade e longevidade de seus cidadãos.
Foram batizadas de cidades "saudáveis". São
254 municípios onde moram 3,8 milhões de pessoas,
a maior parte na região oeste do estado.
Em Santa Bárbara
do Oeste, por exemplo, o indicador de riqueza está abaixo
da média estadual. Em compensação, as variantes
de expectativa de vida são superiores às de São
Paulo e Ribeirão Preto.
A pesquisa também descobriu que Campos do Jordão e
Praia Grande, que ficaram entre as 23 cidades que mais enriqueceram
desde 1992 no Estado de São Paulo, mantêm indicadores
de educação e saúde sofríveis.
Mesmo assim,
na educação, a variação negativa ocorreu
em apenas seis casos. Houve avanços substanciais em todos
os níveis pesquisados, da alfabetização ao
ensino médio, tamanhos de cidades e regiões do Estado.
"O desenvolvimento
de São Paulo ficou mais homogêneo. Não há
mais uma pirâmide com poucas cidades ricas na ponta e uma
gigantesca base de cidades com índices fracos", disse
o diretor-executivo da Fundação Seade, Flavio Fava
de Moraes.
As informações são da Folha
de S.Paulo.
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