|
Crescimento
da América Latina fica aquém do esperado
Os países
latino-americanos atravessaram os anos 90 acreditando que, superada
a hiperinflação, as portas para a prosperidade estariam
abertas. Mas 2002 começa com o caos na Argentina e crises
sociais e econômicas que se espalham por Venezuela, Chile,
Equador, Colômbia e Peru. Apesar de detonadas por motivos
diferentes - queda no preço do petróleo, fuga de capitais,
violência ou instabilidade política -, elas têm
como pano de fundo uma expansão econômica aquém
da necessária para atender às demandas da população.
A crise atual
é bem diferente do efeito Tequila de 1995, quando a desvalorização
do peso mexicano contaminou as economias da região. O colapso
da Argentina, dizem os especialistas em América do Sul, não
provocou o mesmo contágio. Foi o ambiente global recessivo
- com desaceleração em EUA, Europa e Japão
- que expôs os problemas estruturais de cada uma dessas economias.
Enquanto esses
países não superarem os entraves ao crescimento econômico,
será preciso fazer ajustes permanentes. Os principais problemas
são a falta de competitividade das exportações
e a dependência das exportações de produtos
primários, seja petróleo, metais ou soja e agrícolas
como no Brasil. A América Latina ocupa, na média,
a posição de número 40 entre as 75 economias
avaliadas, sendo que 15 países da região estão
abaixo da 50 colocação.
Leia
mais
- Falta de competitividade paralisa América
Latina
|
|
|
Subir
|
|
Falta
de competitividade paralisa América Latina
Os países
da América Latina atravessaram os anos 90 acreditando que,
superada a hiperinflação, as portas para a prosperidade
estariam abertas. Mas 2002 começa com o caos na Argentina
e crises sociais e econômicas que se espalham por Venezuela,
Chile, Equador, Colômbia e Peru.
Apesar de detonadas
por motivos diferentes - queda no preço do petróleo,
fuga de capitais, violência ou instabilidade política
- elas têm como pano de fundo uma expansão econômica
aquém da necessária para atender às demandas
da população. E o principal entrave ao crescimento
é um problema detectado há pelo menos 50 anos: falta
de competitividade das exportações.
"Os anos
90 foram uma década de reformas com importantes conquistas,
principalmente a estabilidade dos preços, mas 2001 foi um
momento de virada, cheio de traumas para a economia da região",
diz Renato Baumann, diretor do escritório da Comissão
Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).
A crise atual
é bem diferente do efeito Tequila de 1995, quando a desvalorização
do peso mexicano contaminou as economias da região. O colapso
da Argentina, dizem os especialistas em América do Sul, não
provocou o mesmo contágio. Foi o ambiente global recessivo
- com desaceleração em EUA, Europa e Japão
- que expôs os problemas estruturais de cada uma dessas economias.
"Enquanto
esses países não superarem os entraves ao crescimento
econômico, será preciso fazer ajustes permanentes",
diz o boliviano Enrique García, presidente da Comissão
Andina de Fomento (CAF).
García
sustenta que o principal obstáculo ao crescimento é
justamente a dependência das exportações de
produtos primários, seja petróleo, metais ou soja
e agrícolas como no Brasil. Ele cita o índice de competitividade
externa de padrão internacional, usado pelo Fórum
Econômico Mundial: a América Latina ocupa, na média,
a posição de número 40 entre as 75 economias
avaliadas, sendo que 15 países da região estão
abaixo da 50 colocação.
(O Globo)
|
|
|
Subir
|
|
|
|