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retrato nacional
09/12/2004
Mais de 27 milhões de crianças vivem na pobreza no Brasil

O relatório O Estado da Criança no Mundo 2005, divulgado hoje pela Unicef, mostra que mais de 27 milhões de crianças vivem abaixo da linha da pobreza no Brasil, o que significa fazer parte de famílias com renda mensal de até meio salário mínimo.

No total, 33,5% da população brasileira vivem com a metade do salário mínimo. Desse grupo, 45% são crianças.

O relatório também mostra uma queda no índice de mortalidade infantil brasileiro. Segundo o documento, 35 crianças brasileiras morrem antes de completar cinco anos de idade, em cada mil nascidas, o que coloca o país na 90ª posição, ao lado de Peru e Cabo Verde.

Apesar da queda, o Brasil perdeu posições no ranking geral. No relatório anterior, o índice de mortalidade era de 36 crianças a cada mil, fazendo com que o país ocupasse a 93ª posição entre os mais de 200 listados.

Saneamento básico
Na primeira colocação no ranking de mortalidade está Serra Leoa, com 284 mortes entre cada mil crianças nascidas. Os países com o índice mais baixo de mortalidade infantil são Suécia e Cingapura, com apenas três mortes a cada mil nascidas.

O relatório destaca o projeto Bolsa Escola do governo federal no combate ao trabalho infantil, além dos projetos de prevenção e tratamento ao vírus HIV.

Também segundo o documento, cerca de 44 milhões de brasileiros vivem em condições sanitárias abaixo do mínimo esperado. Esse número é maior do que o do relatório do ano passado.

A situação é mais crítica na zona rural do país, onde apenas 35% da população tem acesso a serviços básicos sanitários. Nas áreas urbanas, este número sobe para 83% da população.

A precariedade no abastecimento de água é um dos problemas brasileiros em destaque no relatório. A situação é mais grave nas áreas rurais do país, onde apenas 58% da população tem acesso à água potável.

A Unicef ressalta que a situação no Brasil é preocupante. Mortalidade infantil, falta de saneamento básico e água potável e o crescente número de casos de homicídios entre adolescentes e jovens, principalmente entre 15 e 24 anos, são desafios que o governo ainda precisa enfrentar.


CLAUDIA SILVA JACOBS
da BBC Brasil

   
 
 
 

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