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18/11/2003
Bolsa Família terá US$ 2 bilhões do BID

O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) anunciou ontem um empréstimo de US$ 2 bilhões para o Bolsa Família, programa social do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. O dinheiro poderá ser sacado em duas etapas. O presidente do BID, Enrique Iglesias, considerou ''legítima'' a reivindicação de Lula por maior cooperação dos países ricos.

Ao discursar no seminário Promoção de Consenso Político para a Implementação dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio na América Latina e no Caribe, em Brasília, o presidente cobrou maior cooperação internacional para tornar possível o cumprimento das metas do milênio para o desenvolvimento sustentável por volta de 2015.

O objetivo só será alcançado a partir de regras de financiamento e comércio que facilitem a alocação de recursos para os países em desenvolvimento. Entre as metas, destacam-se a erradicação da pobreza e da fome, o ensino básico universal, a igualdade entre os sexos, a autonomia das mulheres e a redução dos índices de mortalidade infantil.

Lula contou que a unificação das políticas sociais, por intermédio do Bolsa Família, deve beneficiar 3,6 milhões de famílias até o fim de dezembro, em sintonia com as metas do milênio. Anunciou ainda investimentos de R$ 6 bilhões em saneamento básico em 2004 - R$ 3 bilhões equivalem à folga do superávit primário (receitas menos despesas excluindo pagamento de juros) e outros R$ 3 bilhões da Caixa Econômica Federal e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

O país necessita, contudo, de investimento de R$ 42 bilhões em saneamento. Como a União não tem os recursos, Lula, assim como o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, pediu colaboração à iniciativa privada clamando por adesão às Parcerias Público-Privado.

O presidente da República Dominicana, Hipólito Mejía, que participou do seminário, ressaltou que a liberação do comércio de bens e serviços, o movimento de capitais e a cooperação internacional são vitais para se atingir as metas sociais do Milênio.

"No caso das nações mais pobres não podemos permitir que as dificuldades econômicas interfiram nos planos de investimento sociais", afirmou Mejía.


Edna Simão,
do Jornal do Brasil.

   
 
 
 

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