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“A bomba social já
está explodindo. Jovens da periferia aderem à
criminalidade como forma de escapar à pobreza e tentar
usufruir dos produtos ofertados aos jovens de classe média,
impossíveis de serem obtidos por meios legais. Creio
que talvez seja interessante pensar que, antes de um simples
afrontamento com as forças do Estado, o PCC está
fazendo um grande "merchandising", isto é,
as ações do PCC, que lembram mais de guerrilha
do que ações de criminosos comuns, visam mostrar
força justamente para os jovens das periferias das
cidades e, assim, conseguir mais adeptos, impressionando-os
com a sua capacidade de dividir o monopólio da violência
com o próprio Estado. Então, as ações
fantásticas prometidas quase que messianicamente pelo
presidente só têm efeito de palanque, pois ainda
teremos de desarmar efetivamente esta bomba social”
,
André Luiz Joanilho
“Ao contrário do
que o articulista escreveu, sob o efeito das últimas
estatísticas, o que se sabe é que os aposentados,
trabalhadores concursados, que aprimoraram seus conhecimentos
para exercerem um cargo de responsabilidade são de
notória utilidade pública. Exercem função
de dedicação exclusiva que deve ser bem remunerada
e dar a garantia de uma aposentadoria digna. Quem vive às
custas do poder, ao que se sabe, não são os
aposentados, mas os que lesam o fisco, desviam recursos públicos,
enriquecem através da corrupção, ou lesam
os trabalhadores sob um capitalismo selvagem como o que vivemos.
Os aposentados não merecem tão absurda condenação
como a do seu artigo, idosos expostos como pessoas ociosas,
refestelados em Brasília e os causadores da desgraça
do País. Brasília, por sua distribuição
de riqueza, talvez devesse servir de exemplo para Rio e S.
Paulo que estão numa situação deplorável
por causa do capitalismo selvagem que se pratica ali, à
conta de um mundo dito globalizado onde impera a violência,
inclusive econômica. Lógico que há casos
de distorções na concessão de certas
aposentadorias públicas. Mas é mister, sim,
que se respeite de verdade quem produz, quem trabalha, ou
produziu e trabalhou para o desenvolvimento da Nação,
que não são só os empresários,
muitos deles tendo enriquecido às custas do dinheiro
público, com concessões por demais abusivas
e até criminosas”,
Maria Vilma Muniz Veras, Brasília-DF
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