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Os seres humanos que viraram linguiça

“O último parágrafo de seu artigo, é a expressão do meu sentimento. Premido pela realidade, o ser humano, com esse pensamento, está em extinção, lamentavelmente”,
Ariclenis Anibal Ballarotti - aballa@uol.com.br

“Do alto dos meus 79 anos , suponho que tenho autoridade para questionar. Refiro-me ao seu PS de hoje . Que é isso, companheiro ? Nada de dúvidas, deixe-as de lado, em nome de uma batalha maior . O senhor está "combatendo o bom combate", esteja certo . Acho que não deveria levantar dúvidas”,
Amaury Fonseca de Almeida

“O seu PS foi ainda mais contundente que o texto todo pois não acredito que todos têm como primeira opção o moedor de carne...apenas o desespero justifica tal atitude desesperada, que traz como conseqüência situações para as quais não estamos preparados: o caos, a vergonha e a completa ausência de perspectivas...”,
Patrícia Silva - silva_patricia@uol.com.br

“Fico feliz em saber que ainda temos pessoas que pensam e agem em nome da razão em nosso país. Parabéns pelo artigo”,
Cassio Adriano Lombardo

“Como educadora acredito que a educação e a melhoria da qualidade de vida das crianças em situações de baixa ou mínima renda seriam o caminho possível. Digo isso sem querer discriminar os pobres e sabendo que muito jovem de clase média e alta também fazem infrações. Mas juntando esses fatos com os índices de trabalho infantil nas metrópoles realmente percebemos de onde vem o problema. Quando essas deveriam estar estudando, estão trabalhando. Depois, sem a mínima formação, farão o que? Serão substituidas por mão de obra infantil novamente. E o que lhes aguarda... Febem”,
Renata Chaves - rechaves@uol.com.br

“De fato a barbárie da realidade atual da nossa sociedade, envolvendo as crianças e os jovens, nos deixa indignados, mas sobretudo nos deixa amedontrados e de certa forma acuados, meio que sem saída para continuar o discurso de que é necessário educar para fazer crescer uma sociedade mais justa e mais igualitária nas oportunidades de vivência, de sobrevivência e de crescimento ético/moral. Mas é imprescindível continuar acreditando que é possível mudar, que é possível pacificar, que é possível amar ao próximo, que é possível edificar”,
Selma

“Sempre me pergunto: Por que este país odeia tanto nossas crianças, nossos "menores"? Também tenho me sentido abatida com toda essa falácia em torno do "aumento de penas", sabendo o quanto isso é apenas uma enganação e um retrocesso. Continuemos na luta e enfrentemos a turba. Como diz naquela música do Ivan Lins “não lavei as mãos e por isso minhas mãos estão cada vez mais limpas"”,
Maria da Glória - gloriareis@cefetleo.com.br

“Sinto que a cada dia diminui o número de pessoas que consegue raciocinar diante da crescente violência que nos assola. Eu mesma sinto vontade, algumas vezes, de desistir e mudar de país, procurando o direito de andar sem medo pelas ruas. Mas, o que percebo, é que este não é um movimento apenas nacional. A perda da racionalidade e o aumento de soluções "fáceis" está se globalizando. É bom saber que ainda há quem, apesar do abatimento, ainda acredite que podemos ter um mundo melhor”,
Cláudia - muntaner@uol.com.br

“Sou leitor (carioca) de fim-de-semana da Folha. Tendo ouvido, visto e lido tanta coisa irrefletida sobre essa questão do jovem infrator e a "necessidade" de reduzir a maioridade penal, que vinha, sem saber, também me sentindo linguiça. Seu artigo foi um alento, sinal de que ainda há vida inteligente na Terra. Veja: acham que a solução para "consertar" o jovem é mandá-lo para um sistema que, comprovadamente, não "conserta" os adultos!! Enquanto isso, o jovem permanece sem perspectiva, sem horizonte, sem o que nos é fundamental: a capacidade (possibilidade) de sonhar! Tirem-nos isso (pessoal do propinoduto, os anões do orçamento, do Banestado) e nos terão tirado tudo, inclusive nossos jovens. Sempre haverá, por outro lado, as Hebes e os Sivucas, descompromissados de tudo e apenas procurando expressar uma vontade coletiva (latente), como fez, magistralmente, o Hitler que conhecemos”,
Paulo Sodré - paulosodre@uol.com.br

“Parabéns pelo excelente artigo. Mas, enquanto houver esta perversa distribuição de renda; esta corrupção endêmica que grassa no país e se alastra em poderes antes insuspeitos seremos eternamente prisioneiros da nossa falta de atitudes, da falta cobrança enérgica ás nossa autoridades”,
José Oton - zeoton@uol.com.br

“Uma vez, há muitos anos atrás, quando me dei conta de que uma consciencia cada vez maior das questões que nos cercam implicava em perda por vezes da felicidade, um amigo muito especial me contestou: " E quem te disse que ser feliz é melhor do que ser lúcido?" Eu tenho, como você, escolhido a lucidez. Obrigada pela seu texto de ontem, que me fez sofrer muito, mas me fez mais lúcida ainda”,
Maria Lúcia Goulart Dourado - mdourado@fdc.org.br

“De todos as opiniões que li nas últimas semanas sobre o caso Lianna e Felipe, com certeza, você foi o colunista que mostrou através de seus artigos o equilíbrio e os argumentos mais coerentes para refletirmos sobre o debate da redução da maioridade penal, para os adolescentes. Discutiu-se o tema sem rancor, apesar da gravidade e da comoção que o fato causou. Plantar a esperança neste momento, como colunista e a Folha tem feito em seus textos, valerá por muitos dos artigos inflamados que circularam na imprensa brasileira recentemente”,
Neuton Luiz Ramos de Melo, Formoso do Araguaia – TO - nneutonr@uol.com.br

“Às vezes compartilho com este aparente e ou temporário abatimento comentado no artigo “Os seres humanos que viraram lingüiça,” pois atuo em comunidades onde a violência não só vem sendo questionadas por educadores, mas sim por crianças e jovens que sentem na própria pele o efeito da desestruturação familiar, educacional e social que estamos vivendo. Mas sabe, qual a medida ou solução que este jovens encontraram? Simplesmente, formaram um grupo onde criança educa criança e apóia seus educadores. Tenho consciência que é uma ação insignificante dentro do caos social que vivemos, mas também, tenho convicção de que é uma atitude que afeta positivamente muitos de nós educadores, trazendo-nos esperança quando esta começa a nos abandonar”,
Lucia Helena S. Pinheiro

“O último bloco de seu escrito sintetiza exatamente como me sinto. Na mocidade na igreja Metodista, depois já afastada mas atuando na minha profissão e atualmente em uma ONG e também como participante da Arte Mahicari, nunca deixei de agir de acordo com a convicção de que a educação é o maior bem que a sociedade pode ter.
Tenho a esperança de que sua sensação de que cada vez menos gente sintonize com esse tipo de idéia não seja verdadeira e que a sua voz possa continuar espalhando-a através do que escreve”,

Branca - debranca@itelefonica.com.br

“A verdade é que temos problemas e temos que solucioná-los, mostrar a nossos
filhos o caminho certo é a melhor coisa que podemos fazer, para que eles também não virem lingüiça. É desnecessário ir buscar respostas longe, em outro países que resolveram ou tentaram resolver seus problemas, nossa realidade é outra e as soluções acontecem de nossas mãos. Ensinar a nossos filhos seus direitos e deveres, deveria ser a principal atividade, devemos fazer também com que as escolas os ensinem. As escolas devem ser reformuladas, pois elas se parecem com pequenas Febens, todas pichadas e sujas são locais onde as nossas crianças aprendem o certo e o errado, mas da maneira errada. É exatamente nessas escola que nossos filhos se incidam na qualidade de virar lingüiça. Como vamos poder parar na rua e ajudar uma criança que nos pedem ajuda, se temos medo até de parar para escutá-la? Sempre temos a impressão que vamos ser assaltados, sempre imaginando que uma criança na rua pode ser uma futura lingüiça. Enfrentar o problema e assumi-lo é mais difícil do que evitá-lo. O medo que sentimos disso tudo são todos corretos e lógicos, mas não é ao medo que devemos dar ouvidos e sim a nossos corações. O verdadeiro ato de amor e cidadania acontece quando as pessoas reconhecem a verdade dos acontecimentos e não quando acobertam com mentiras”,

Celso de Zonzini e Silva - cesilva@cteep.com.br

“Sou leitor assíduo de sua coluna a vários anos, alguns de seus textos tem feito parte dos materiais que utilizo em sala de aula, pois sou professor de História, Filosofia e Sociologia. Confesso a você que ao ler o seu texto de hoje também me senti um pouco linguiça e refletindo sobre algumas aulas de filosofia onde o tema era a violência pude constatar que de modo geral mesmo os adolescentes entendem que a única solução para o problema da violência entre adolescentes é a eliminação daqueles que praticam atos violentos, alguns chegam a propor a construção de guetos como os da Alemanha nazista, onde os adolescentes infratores seriam encerrados atrás de muros altíssimos para que a sociedade jamais precisasse olhar novamente para eles, poucos são aqueles que acreditam na educação como instrumento efetivo de transformação da realidade com a possibilidade de reverter paulatinamente o quadro de violência que assistimos diariamente na imprensa de um modo geral. Não tive a oportunidade de assistir o programa da Hebe citado em seu texto, no entanto, creio que seria desnecessário assisti-lo já que em quase todas as emissoras existem programas que por detrás de uma suposta linha de denúncia na verdade difundem a idéia do extermínio aos infratores, o que causa revolta a mim quanto professor linguiça, é saber que o discurso do extermínio na mídia televisiva é muitas vezes mais penetrante por propor uma solução imediatista do que a argumentação que eu possa utilizar em defesa da educação. No entanto, assim como você eu continuo crendo na educação”,
Daniel Campana Bezerra

“Saber que não estou sozinho na defesa dos direitos humanos, da educação como via de desenvolvimento e da noção de que os jovens infratores são vítimas, me alivia e, ao mesmo tempo, me entristece saber que a mídia e seus "apresentadores" fomentam discursos de extermínio!!! Onde nós estamos? Voltamos à Idade Média? Onde as pessoas eram queimadas em praça pública...Trabalho na cidade conhecida como "Pérola do Atlântico" (risos) com crianças do PETI, adolescentes do Programa Agente Jovem e com Medidas Sócio Educativas, e percebo cada vez mais que estes jovens - cada qual vivenciando seus conflitos, querendo conhecer o mundo, brincar, etc - são todos iguais com suas ânsias, sonhos, ilusões; com seus potenciais e perspectivas de uma vida melhor. Seja o garoto da favela ou o da beira da praia, todos estão vulneráveis a um jogo/processo cruel e excludente”,
Renato Pavon

 
 
 

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