SÓ SÃO PAULO
HOME | NOTÍCIAS | COLUNAS | COMUNIDADE | CIDADÃO JORNALISTA | QUEM SOMOS
 
10/10/2003
Decreto agiliza processos de tombamento na cidade

A decisão do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado (Condephaat) de alterar normas para preservação do entorno de imóveis tombados vai acelerar o trâmite de processos e pedidos dentro do órgão, segundo arquitetos e especialistas. Com a publicação do decreto, anteontem, a área protegida passará a ser analisada individualmente, no processo de tombamento de um bem.

Desde 1979, quando foram criados a Secretaria Estadual de Cultura e o Condephaat, adotava-se um limite genérico de 300 metros de raio ao redor do imóvel. A área do entorno é importante para garantir a ambiência e a visibilidade do patrimônio. Entretanto, algumas análises do órgão já vinham propondo áreas mais flexíveis, de acordo com o ambiente e as necessidades do bem tombado.

“Mas, em vários casos, a resolução do tombamento não indicava a área envoltória, o que dava margem a polêmica e criava um congestionamento de pedidos no Condephaat”, disse o arquiteto Paulo Bastos, presidente do conselho em 1988 e 1989. “A iniciativa do decreto é boa, mas faltou determinar um prazo para que o limite da área envoltória seja regulamentado.”

O presidente do Condephaat, José Roberto Melhen, salientou que as áreas serão estudadas caso a caso, como é feito em outros órgãos de preservação. “Só o Condephaat se baseava nesse limite. Não digo que tenha sido escolhido aleatoriamente, mas não achamos nada que explique por que são 300 metros.”

Se o decreto existisse quando a Serra do Mar foi tombada provavelmente o entorno a ser preservado seria maior. “Constatamos que esses 300 metros são excessivos ou insuficientes. Agora o Condephaat vai dar prioridade aos novos projetos, mas aos poucos vamos rever os casos anteriores, se necessário.”

Para o secretário municipal de Cultura, Celso Frateschi, o decreto vai trazer benefícios. “A lei era muito rígida.”

O presidente da seção paulista do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-SP), Gilberto Belleza, acredita que a medida vai simplificar os processos. “Vai haver a análise prévia para a área envoltória dos bens. Há casos em que não há necessidade desse limite todo, assim como alguns deveriam ter muito mais.”

Bárbara Souza e Iuri Pitta
O Estado de S. Paulo

 

 

 
 
 

notícias ANTERIORES
10/10/2003 Publicação mostra pontos históricos e turísticos da Barra Funda
10/10/2003 Menores podem ter acesso restrito às Lan Houses
09/10/2003 Portaria que determina análise de games será revisada
09/10/2003 Prefeitura lança campanha contra esmola
09/10/2003 População larga cães no Ibirapuera
09/10/2003 Marta faz mala-direta para divulgar obras
09/10/2003 Vereadores aprovam redução do ISS em SP
09/10/2003 CET deve retirar aparelhos das ruas à noite
09/10/2003 Discussão sobre radar termina em morte