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01/10/2004 - 11h22

O outro misantropo

da Deutsche Welle, na Alemanha

Mais recente peça de Peter Handke, "Untertagblues" (Blues Subterrâneo) estréia no Berliner Ensemble, em encenação de Claus Peymann. Na peça, o escritor austríaco resgata linha retórica da década de 60.

O "Homem Selvagem" ou "Orador do Povo" ou "Desmancha-Prazeres" ou "Inimigo do Povo" entra num vagão de metrô e lança sobre os demais passageiros seu ódio ao mundo: "Vocês de novo. E não é que sou obrigado a estar junto com vocês de novo. Aleluia. Miserere! Maré baixa sem maré alta. Seus malditos inevitáveis. Se pelo menos fossem malfeitores. Nem sequer isso: sem nenhuma contravenção em especial, vocês são o pior dos males. (...) Mal saio do meu quarto e já tenho que estar entre vocês. Mal piso além da soleira da porta, sou obrigado a me mover na companhia de vocês. Em sua companhia? Em sua desnatureza. Por que não estou no alto do Anapurna ou pelo menos no Monte McKinley, em vez de estar com vocês nestas profundezas sufocantes?".

A palavra como ação

Resgatando a fúria ofensiva de Publikumsbeschimpfung (Insulto ao Público, 1965), peça que tornou Handke conhecido como enfant terrible da literatura de língua alemã nos anos 60, o dramaturgo e romancista austríaco entra de novo em cena com Untertagblues (Blues Subterrâneo), usando o palco como espaço da palavra em ação.

Continua...
 

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