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14/11/2004 - 13h50

"A linguagem é um cão": Jelinek intraduzível?

da Deutsche Welle, na Alemanha

Nobel de literatura fala à imprensa alemã sobre as dificuldades de traduzir sua obra para outras línguas. Até na Alemanha, mais amplo espaço de recepção de sua obra ficcional, ela se sente incompreendida.

"Simplesmente não sou a mais indicada para consumo de massa", observa Elfriede Jelinek, referindo-se à rápida propagação de sua obra após a aquisição do Prêmio Nobel de Literatura. Nos últimos dias, a editora Rowohlt vendeu os direitos de tradução da obra da escritora austríaca a inúmeros editores estrangeiros. Nos países anglófonos, na França e na Itália, planejam-se novas edições da obra de Jelinek. A romancista e dramaturga, que desde o anúncio da premiação declarou reiteradamente que não se sente tão merecedora do prêmio quanto outros escritores contemporâneos, como Peter Handke ou Thomas Pynchon, considera sua obra de difícil alcance internacional.

Gosto pelo experimento "Admiro-me ainda mais do prêmio, pois na verdade sou uma autora da província, que trabalha com uma determinada linguagem que já não dá para entender na Alemanha", aponta Jelinek sua singularidade, em entrevista ao Frankfurter Allgemeine Zeitung. Filiando-se à tradição do Grupo de Viena, propagador de uma literatura centrada no experimento lúdico com a linguagem e a sonoridade das palavras, ela considera sua obra difícil de ser traduzida: "Escrevo a partir desta tradição e tenho a sensação de que escrevo no vazio".

Continua...
 

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