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11/02/2004
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15h35
Ainda há quatro anos, Unterhaching freqüentava as manchetes dos jornais alemães, pelo menos dos especializados em esporte: o clube de futebol da cidade havia conseguido a façanha de subir para a primeira divisão e participar do Campeonato Alemão. Agora, a comunidade de 20 mil habitantes nas proximidades da capital da Baviera volta a chamar a atenção, até mesmo de especialistas internacionais, mas por outro motivo.
Está em andamento na cidade o maior projeto de energia geotérmica da Alemanha, com a meta de produzir, até 2005, 3,7 megawatts de energia elétrica e 16 megawatts de calor para a calefação de prédios.
Energia renovável
Orçada em € 35 milhões, a usina geotérmica de Unterhaching está sendo subsidiada pelo Ministério do Meio Ambiente com € 4,8 milhões. O ministro Jürgen Trittin, que deu o tiro de largada para o início das perfurações, ressaltou o caráter modelar do projeto.
De seu sucesso depende a confirmação das esperanças de que o calor gerado no centro da Terra pode fornecer energia renovável e poupar o ambiente. Já existem outras 30 instalações geotérmicas em funcionamento na Alemanha, mas sua produção é reduzida e destina-se quase que exclusivamente à geração de calor para a calefação.
Até o final de abril, as máquinas de perfuração devem atingir em Unterhaching uma profundidade de 3 km. Só então se confirmará se a água no subsolo daquela região tem mesmo a temperatura de 120°C, como prevêem os especialistas. Para a geração de energia elétrica, a temperatura mínima necessária é de 100ºC.
Nova tecnologia
A tecnologia inovadora prevista para a usina de Unterhaching utiliza uma mistura de amônia e água para a produção do vapor que moverá as turbinas, possibilitando o aumento do grau de eficiência dos atuais 7% para 14%. Se confirmados todos os prognósticos, a emissão de dióxido de carbono resultante da geração de energia na comunidade poderá ser reduzida em 30 mil toneladas por ano, um efeito considerável para o ambiente.
O potencial da energia geotérmica é indiscutível, mas os riscos ligados aos projetos que se utilizam dessa fonte têm impedido seu avanço. É impossível determinar com segurança, antes de uma perfuração, a quantidade de águas térmicas existentes no subsolo e sua temperatura. Arcar com os custos de até € 5 milhões por uma perfuração tem assustado muitos investidores.
Também sob este aspecto, o projeto de Unterhaching é inovador: pela primeira vez na Europa, foi possível fazer um contrato com uma seguradora para cobrir os riscos.
Especial
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Pequena cidade alemã abriga megaprojeto de energia geotérmica
da Deutsche WelleAinda há quatro anos, Unterhaching freqüentava as manchetes dos jornais alemães, pelo menos dos especializados em esporte: o clube de futebol da cidade havia conseguido a façanha de subir para a primeira divisão e participar do Campeonato Alemão. Agora, a comunidade de 20 mil habitantes nas proximidades da capital da Baviera volta a chamar a atenção, até mesmo de especialistas internacionais, mas por outro motivo.
Está em andamento na cidade o maior projeto de energia geotérmica da Alemanha, com a meta de produzir, até 2005, 3,7 megawatts de energia elétrica e 16 megawatts de calor para a calefação de prédios.
Energia renovável
Orçada em € 35 milhões, a usina geotérmica de Unterhaching está sendo subsidiada pelo Ministério do Meio Ambiente com € 4,8 milhões. O ministro Jürgen Trittin, que deu o tiro de largada para o início das perfurações, ressaltou o caráter modelar do projeto.
De seu sucesso depende a confirmação das esperanças de que o calor gerado no centro da Terra pode fornecer energia renovável e poupar o ambiente. Já existem outras 30 instalações geotérmicas em funcionamento na Alemanha, mas sua produção é reduzida e destina-se quase que exclusivamente à geração de calor para a calefação.
Até o final de abril, as máquinas de perfuração devem atingir em Unterhaching uma profundidade de 3 km. Só então se confirmará se a água no subsolo daquela região tem mesmo a temperatura de 120°C, como prevêem os especialistas. Para a geração de energia elétrica, a temperatura mínima necessária é de 100ºC.
Nova tecnologia
A tecnologia inovadora prevista para a usina de Unterhaching utiliza uma mistura de amônia e água para a produção do vapor que moverá as turbinas, possibilitando o aumento do grau de eficiência dos atuais 7% para 14%. Se confirmados todos os prognósticos, a emissão de dióxido de carbono resultante da geração de energia na comunidade poderá ser reduzida em 30 mil toneladas por ano, um efeito considerável para o ambiente.
O potencial da energia geotérmica é indiscutível, mas os riscos ligados aos projetos que se utilizam dessa fonte têm impedido seu avanço. É impossível determinar com segurança, antes de uma perfuração, a quantidade de águas térmicas existentes no subsolo e sua temperatura. Arcar com os custos de até € 5 milhões por uma perfuração tem assustado muitos investidores.
Também sob este aspecto, o projeto de Unterhaching é inovador: pela primeira vez na Europa, foi possível fazer um contrato com uma seguradora para cobrir os riscos.
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