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19/09/2006
-
07h54
Dramaturga austríaca Elfriede Jelinek toma como protagonista a ativista da RAF Ulrike Meinhof e recebe severas críticas da filha deste ícone da resistência armada de esquerda.
Até que ponto personalidades da história recente podem ser transformadas em personagens literárias, sem comprometer pessoas ainda vivas ligadas a elas? Esse é o dilema que envolve, no momento, a dramaturga austríaca Elfriede Jelinek, Bettina Röhl, filha da ativista da Facção do Exército Vermelho (RAF) Ulrike Meinhof, e o Thalia Theater, de Hamburgo, que estréia em 28 de outubro próximo a peça Ulrike Maria Stuart.
"Jelinek distorce Meinhof como mãe em palco e, com isso, pessoas reais que ainda vivem, como eu e minha irmã. O que Jelinek veicula sobre a mãe Meinhof é histórica e factualmente uma grande bobagem, para expressar da forma mais positiva possível. Meinhof é encarada como patrimônio público e o mesmo se aplica a quem tinha a ver com ela ou pertencia à sua família", reclamou Röhl, em entrevista ao diário Hamburger Abendblatt, após ter assistido a um ensaio da montagem do diretor Nicolas Stemann.
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Meinhof é mãe ou patrimônio público?
da Deutsche Welle, na AlemanhaDramaturga austríaca Elfriede Jelinek toma como protagonista a ativista da RAF Ulrike Meinhof e recebe severas críticas da filha deste ícone da resistência armada de esquerda.
Até que ponto personalidades da história recente podem ser transformadas em personagens literárias, sem comprometer pessoas ainda vivas ligadas a elas? Esse é o dilema que envolve, no momento, a dramaturga austríaca Elfriede Jelinek, Bettina Röhl, filha da ativista da Facção do Exército Vermelho (RAF) Ulrike Meinhof, e o Thalia Theater, de Hamburgo, que estréia em 28 de outubro próximo a peça Ulrike Maria Stuart.
"Jelinek distorce Meinhof como mãe em palco e, com isso, pessoas reais que ainda vivem, como eu e minha irmã. O que Jelinek veicula sobre a mãe Meinhof é histórica e factualmente uma grande bobagem, para expressar da forma mais positiva possível. Meinhof é encarada como patrimônio público e o mesmo se aplica a quem tinha a ver com ela ou pertencia à sua família", reclamou Röhl, em entrevista ao diário Hamburger Abendblatt, após ter assistido a um ensaio da montagem do diretor Nicolas Stemann.
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