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28/08/2002 - 17h58

Reposição hormonal ainda não é consenso

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da Revista da Folha

Depois de quatro décadas de convivência com a gangorra hormonal, chega a hora da derradeira revolução feminina, a menopausa. A última menstruação costuma ocorrer depois dos 48 anos, mas, antes que os ovários cessem por completo a produção de hormônios, o corpo entra numa fase de transição, o climatério.

A nova etapa é caracterizada por uma série de sintomas, entre eles os fogachos (ondas de calor geralmente seguidas de suor frio), a secura vaginal e a baixa libido. Também há maior tendência a distúrbios emocionais, como depressão, melancolia, irritabilidade, desânimo e cansaço constante -além de aumentar a vulnerabilidade feminina a determinadas doenças.

Sabe-se que até os 45 anos, em média, a presença do estrogênio protege contra infartos do miocárdio, derrames cerebrais e osteoporose.

Para evitar doenças e dar mais qualidade a essa fase da vida, entra em cena a terapia de reposição hormonal (TRH), com a prescrição de medicamentos que imitam a ação dos hormônios naturais metabolizados pelos ovários.Mas a TRH não está livre de polêmica: alguns estudos levantam a possibilidade de que esse tratamento possa favorecer o aparecimento de cânceres de mama e útero, principalmente quando o uso supera dez anos.

Para a maioria dos especialistas, porém, os benefícios são maiores do que os riscos. "A TRH aumenta a expectativa de vida, pois protege contra doenças que matam ou causam debilidade. Além disso, sem hormônios, a perda de neurônios também é maior, aumentando a disposição para doenças como mal de Alzheimer", afirma Hans Wolfgang Halbe, coordenador do Grupo de Ginecologiaendócrina e Climatério do Hospital das Clínicas. Halbe diz ainda que as doses hormonais normalmente prescritas estão menores, o que reduziria os riscos.

Uma alternativa são os hormônios naturais, os chamados fitohormônios, encontrados em produtos derivados da soja. Pesquisas em todo o mundo mostram que esse tipo de reposição tem tido alguns resultados positivos, embora não valha para a maioria dos casos nem para todos os problemas.

Com ou sem aditivos hormonais, os médicos prescrevem a velha receita válida para todas as horas: alimentos balanceados e atividades físicas ao longo da vida, e principalmente na fase do climatério, podem fazer muita diferença.

Sobre a TRH

Vantagens
  • evita perda de massa óssea
  • previne doenças cardiovasculares e osteoporose
  • diminui o risco relativo de mal de Alzheimer
  • acaba com as ondas de melhora a libido e a lubrificação vaginal
  • pele mais brilhante e viçosa
  • melhora o ânimo, disposição e humor
  • melhora problemas de incontinência urinária

    Para ponderar
  • 10 em cada 100 mulheres, entre 50 e 70 anos, terão câncer de mama, com ou sem TRH
  • com uso de hormônio por cinco anos, a incidência aumenta de 10 para 12, em cada 100 mulheres
  • acima de cinco anos de reposição, a chance é de 16para cada 100 mulheres
  • estudos mostram que a mortalidade por câncer de mama é menor em quem usa hormônio, não chega a 5%

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