História das copas

1930 | 1934 | 1938 | 1950 | 1954 | 1958 | 1962 | 1966 | 1970
1974 | 1978 | 1982 | 1986 | 1990 | 1994 | 1998 | 2002 | 2006

1962 - Chile

História

Folha Imagem

Pelé (esq) e Garrincha após o empate contra a Tchecoslováquia na 1ª fase

A fórmula de disputa de 1958 foi mantida para a Copa Mundo-1962, com quatro grupos de quatro seleções, em que os dois primeiros colocados de cada chave passavam às quartas-de-final. A partir daí até a final, os jogos eram eliminatórios.

O Brasil chegou ao Chile desacreditado. Alguns críticos diziam que a seleção não havia se renovado e estava muito velha. A torcida ficou ainda mais preocupada quando o time perdeu Pelé, a maior estrela, logo na segunda partida. Mas Amarildo, que entrou em seu lugar, teve uma participação destacada e supriu a ausência do Rei.

Em sua primeira partida, o centroavante Amarildo marcou os dois gols da vitória de virada sobre a Espanha por 2 a 1. No entanto, o maior destaque da seleção foi o ponta-direita Garrincha, que brilhou nas vitórias sobre a Inglaterra (3 a 1), nas quartas-de-final, e Chile (4 a 2), nas semifinais, quando marcou dois gols em cada um dos jogos.

Na decisão, os brasileiros voltaram a enfrentar a Tchecoslováquia, rival da primeira fase. Com gols de Amarildo, Zito e Vavá, a seleção de Aymoré Moreira bateu o rival por 3 a 1 e faturou o bi. Ao todo, o Brasil disputou seis partidas, com cinco vitórias e um empate. Marcou 14 gols e sofreu cinco. Garrincha e Vavá foram os artilheiros --quatro gols.

Brasil

O time brasileiro manteve a mesma base do Mundial anterior, mudando apenas a zaga: Mauro no lugar de Bellini e Zózimo no lugar de Orlando. Depois, Amarildo substituiu Pelé, lesionado. Com a conquista da Copa do Mundo-1962, o Brasil se igualou ao Uruguai e à Itália com dois títulos mundiais. Além disso, o selecionado nacional assegurou pela segunda vez a taça Jules Rimet, ficando a apenas um título de conquistá-la em definitivo. A Jules Rimet entrou em disputa em 1950, quando o Mundial foi realizado em campos brasileiros.

Destaque

Para muitos, a genialidade de Garrincha superou a do próprio Pelé. Alheio à discussão, o jogador mostrou na Copa do Chile o melhor de seu futebol. Sem a companhia de Pelé, ao lado de quem jamais perdeu um jogo na seleção, Garrincha não só marcou gols decisivos (foi um dos artilheiros da Copa) como também liderou o time. Os dribles, virtude principal do jogador, deixavam atordoados os zagueiros, principalmente dos times europeus.