História das copas

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1974 - Alemanha Oc.

História

AP

Beckenbauer (esq) e Maier seguram a taça após a Alemanha vencer a Holanda na final

O sistema de disputa foi modificado para a Copa do Mundo-1974. A primeira fase continuou com quatro grupos de quatro, no qual os dois primeiros de cada chave se classificavam. Na fase seguinte, ao invés de jogos eliminatórios, os oito classificados foram divididos em dois grupos de quatro, no qual o campeão de cada grupo passava à final, enquanto os dois segundos colocados disputavam o terceiro posto.

A sensação do torneio foi a seleção da holandesa. O "carrossel holandês", como ficou conhecido, mostrou um futebol revolucionário. A equipe liderada pelo meia Johan Cruyff chegou à final após cinco vitórias e um empate, tendo sofrido apenas um gol. Porém, como aconteceu em 1954 com a Hungria, os holandeses sucumbiram na decisão diante do futebol-força da Alemanha Ocidental, que ganhou, de virada, por 2 a 1.

Para conquistar o título, os alemães-ocidentais, inclusive, permitiram a vitória da Alemanha Oriental em duelo válido pela última rodada do Grupo 1 da primeira fase, com o objetivo de fugir de um enfrentamento contra o Brasil e Holanda na segunda fase. Com o revés, a Alemanha Oc. caiu numa chave teoricamente mais fácil, com Polônia, Suécia e Iugoslávia.

Brasil

Sem Pelé, que não quis jogar o Mundial, a seleção brasileira teve uma atuação abaixo do esperado. Na primeira fase, somou dois empates (0 a 0 com a Iugoslávia e Escócia) e só garantiu a vaga para a segunda fase graças a uma vitória por 3 a 0 sobre o Zaire. Na etapa seguinte, venceu a Alemanha Oriental por 1 a 0 e Argentina por 2 a 1. Na rodada final, perdeu da Holanda por 2 a 0 e teve que disputar a decisão do terceiro lugar contra a Polônia. Cabisbaixo após o revés para os holandenses, a seleção de Zagallo voltou a tropeçar na competição e foi derrotada pelos poloneses por 1 a 0, gol de Lato.

Destaque

Dois jogadores se consagraram em 1974. No time campeão do mundo, o meia defensivo Franz Beckenbauer foi o grande líder. Apesar de não ter marcado nenhum gol, o veterano das Copas de 1966 e 1970 fez um Mundial perfeito taticamente. Com estilo elegante e habilidoso, passou depois a atuar como líbero, revolucionando a posição. Pelo lado holandês, o grande destaque foi o meia Johan Cruyff. O jogador, considerado por muitos o melhor europeu de todos os tempos, mostrou técnica e intuição excepcionais no torneio alemão. Encarnando o símbolo do futebol moderno, movimentava-se por várias partes do campo.