Copa do Mundo-2010
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1998 - França
Classificação1º França2º Brasil 3º Croácia 4º Holanda |
Artilheiros6 gols - Davor Suker (CRO/atacante)5 gols - Gabriel Batistuta (ARG/atacante) 5 gols - Christian Vieri (ITA/atacante) |
História
Reuters |
Pires (esq), Lizarazu e Zidane (dir) festejam conquista do título da França na Copa-1998 |
A Copa do Mundo sofreu novo inchaço em 1998. Para agradar seus aliados políticos, a Fifa ampliou de 24 para 32 o número de participantes. Com isso, o torneio passou a contar com oito grupos de quatro seleções, em que os dois melhores de cada chave passavam às oitavas-de-final. A partir dessa fase, o sistema permaneceu o mesmo, com jogos eliminatórios.
Em 1998 foi a segunda vez que os franceses organizaram o torneio, repetindo 1938. Antes, apenas o México e a Itália foram sede duas vezes --os mexicanos em 1970 e 1986, e os italianos, em 1934 e 1990. Em comparação com o Mundial anterior, a Copa da França marcou a volta do bom nível técnico das equipes, apesar da média de gols ter sido inferior.
A França foi campeã mundial com uma grande campanha --foram seis vitórias e um empate. Os donos da casa só não venceram a Itália nas quartas-de-final --eliminaram o rival nos pênaltis (4 a 3). Na campanha até a final, os franceses ganharam da África do Sul (3 a 0), Arábia Saudita (4 a 0), Dinamarca (2 a 1), Paraguai (1 a 0) e Croácia (2 a 1).
Na decisão, os franceses superaram o Brasil por 3 a 0, na maior derrota brasileira em Copas --até então, o time jamais havia sido derrotado por uma diferença superior a dois gols. Porém, um episódio até hoje não explicado envolvendo o atacante Ronaldo, que passou mal antes da final (teria tido convulsões), afetou claramente o desempenho brasileiro.
A França, porém, foi campeã merecidamente. Tanto que, pela primeira vez, o time vencedor teve o melhor ataque (15 gols) e a melhor defesa (apenas 2 gols sofridos). Para isso, os franceses recorreram a suas ex-colônias. Treze dos 22 jogadores que compunham o elenco eram de origem estrangeira, incluindo o craque Zidane, descedente de argelinos.
Brasil
Antes do tropeço diante dos franceses, a seleção do técnico Zagallo fazia uma boa campanha na Copa, apesar da derrota para a Noruega por 2 a 1, na primeira fase, quando já estava classificada. Nas duas primeiras rodadas, ganhou da Escócia e de Marrocos. Com um quarteto ofensivo formado por Leonardo, Rivaldo, Bebeto e Ronaldo, o Brasil passou com facilidade pelo Chile (4 a 1), nas oitavas. Depois, venceu jogos difíceis contra Dinamarca (3 a 2) e Holanda (1 a 1 e 4 a 3 nos pênaltis) nas quartas e semifinais. A maior deficiência brasileira estava na defesa. Foram dez gols sofridos em sete jogos, desempenho melhor somente que o da seleção de 1938, que levou 11.
Destaque
Liderada pelo atacante Davor Suker, a Croácia teve na França o melhor desempenho de um time estreante em Copas desde 1966, quando o time de Portugal, com Eusébio, ficou no terceiro lugar. Suker marcou gols em todos os jogos do time na competição, com exceção da derrota para a Argentina por 1 a 0, ainda na primeira fase, e foi o artilheiro isolado da competição, com seis gols. Nas semifinais, o time passou pela Romênia, de Hagi, por 1 a 0. A surpresa maior viria nas quartas. Com gols de Jarni, Vlovic e Suker, o time croata fez 3 a 0 na Alemanha. Nas semifinais, perdeu da França de virada. Na disputa do terceiro lugar, a Croácia ainda superaria a Holanda, por 2 a 1.