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1990 - Itália

História

AP

Rudi Völler segura o troféu após a vitória contra a Argentina

A Copa do Mundo-1990 foi a segunda a ser disputada na Itália. O regulamento da competição permaneceu o mesmo, com 24 seleções divididas em seis grupos, no qual os dois primeiros de cada grupo mais os quatro melhores terceiros se classificavam para as oitavas-de-final. A partir desta fase até a final, os jogos eram disputados em eliminatória simples.

O Mundial ficou marcado pelo baixo nível técnico, tendo registrado a pior média de gols da história do torneio. O defensivismo foi tanto na Itália-1990, que os finalistas só foram definidos nos pênaltis. Depois de empate em 1 a 1, a Itália acabou eliminada pela Argentina por 4 a 3, em grande atuação do goleiro Sergio Goycoechea. Na outra partida, Alemanha Ocidental e Inglaterra empataram por 0 a 0, e os alemães ficaram com a vaga na decisão ao ganhar também por 4 a 3 nos pênaltis.

O Mundial teve a repetição da final da edição anterior, com Argentina e Alemanha Ocidental protagonizando novamente a decisão. O roteiro, porém, foi modificado, já que os alemães, que haviam perdido para os argentinos por 3 a 2 em 1986, deram o troco e ganharam por 1 a 0, igualando-se a Brasil e Itália em número títulos --três.

Além disso, o técnico alemão Franz Beckenbauer repetiu o feito de Zagallo ao ser campeão como jogador e como treinador. Antes do triunfo em 1990, Beckenbauer venceu como jogador em 1974, quando a Copa aconteceu em seu país. Os alemães também se tornaram os primeiros a alcançar três finais seguidas, feito igualado pelo Brasil em 2002.

Brasil

O técnico da seleção brasileira, Sebastião Lazaroni, inovou ao escalar a equipe com três zagueiros. O desempenho do ataque, porém, foi pífio (marcou apenas quatro gols). A equipe ganhou os três primeiros jogos, mas todos pela vantagem mínima --Suécia (2 a 1), Escócia (1 a 0) e Costa Rica (1 a 0). Nas oitavas-de-final, o Brasil encarou a arqui-rival Argentina. O time de Lazaroni até teve chances de vencer, mas acabou perdendo por 1 a 0 --gol de Claudio Caniggia, que recebeu passe de Maradona-- e se despediou do Mundial com a pior campanha desde 1966, quando foi eliminado na primeira fase.

Destaque

Presente nos vice-campeonatos de 1982 (como reserva) e 1986 (como um dos principais jogadores), Lothar Matthäus foi o grande líder da Alemanha Ocidental na conquista do título de 1990. Apesar de atuar bastante recuado, o meia era o principal articulador das jogadas ofensivas de seu time, servindo os atacantes Klinsmann, Völler e Littbarski. Mesmo vindo de trás, marcou quatro gols na Copa e foi o artilheiro alemão. Seu jogo eficiente e equilibrado garantiu a regularidade da seleção alemã ao longo da competição. Matthäus é até hoje o recordista em jogos por Copas do Mundo, com 25 no total. Jogou ainda os Mundiais de 1994, nos EUA, e 1998, na França.