PRIMEIRA PÁGINA

PROGRAMA

RESUMÃO/HISTÓRIA

RESUMÃO/BIOLOGIA

RESUMÃO/PORTUGUÊS

ATUALIDADES

PROFISSÕES:
jornalismo
letras

 



Escolha depende do autoconhecimento

DA REPORTAGEM LOCAL

Antes de definir que curso estudar, é preciso se conhecer melhor. Essa é a principal recomendação dos especialistas para os que ainda estão em dúvida sobre que carreira seguir. Quem ainda não conhece ao certo suas principais características e desejos, dificilmente conseguirá tomar uma decisão _independentemente do apoio de pais ou amigos.

“Não adianta encher a cabeça do adolescente com conselhos, idéias e informações sem que ele ainda não tenha consciência de quem seja. Isso só gera mais ansiedade”, afirma Patrícia Mortara, psicóloga e orientadora educacional do colégio Santa Cruz.

Identificar sua personalidade ajuda a saber não só a carreira que mais se tem afinidade, mas também o que se está disposto a enfrentar. Quem não gosta muito de estudar, por exemplo, dificilmente conseguirá encarar um curso que exige dedicação constante.

Outras profissões podem ser excluídas, por exemplo, no caso de pessoas que priorizam mais o aspecto financeiro do que a realização profissional.

Mas isso não é tudo. Muita gente acaba optando por uma carreira, sem saber de fato como ela é. Por isso é fundamental frequentar aulas dos cursos que se pretende seguir, conversar com estudantes e profissionais da área, além de buscar informações sobre a situação do mercado de trabalho.

A influência dos pais e dos familiares também conta muito nesse processo. Regina Sonia Gattas Nascimento, psicóloga e professora da PUC especializada em orientação educacional, afirma que os pais podem tentar mostrar ao filho o seu dia-a-dia.

“Se o pai é um advogado bem-sucedido e gosta da profissão, é claro que pode levar o filho para vivenciar sua rotina no escritório”, diz. Desde que, é claro, ele não queira impor ao adolescente que siga o mesmo caminho.

Para Regina, é bom que o jovem sinta apoio dos pais e de pessoas mais próximas, mas que fique claro que a decisão final é sempre dele, estudante. “Ninguém pode bater o martelo e decidir em seu nome”, afirma.

Na opinião de Patrícia, a interrogação na cabeça do jovem é proporcional ao seu nível de experiências. Se ele tem uma visão completa das profissões, sua escolha acaba sendo mais fácil.

Por isso, os métodos de orientação vocacional modernos trabalham com três conceitos básicos: autoconhecimento, que aplica técnicas de ajuda pessoal ou em grupo; informação profissional sobre formação acadêmica, carreiras e mercado de trabalho e emprego de técnicas de auxílio na elaboração de um “projeto de futuro” _quando o próprio jovem tem de justificar sua decisão.

“Esses testes contextualizam o mundo interior do jovem com os novos desafios.Utilizam elementos essenciais para que o próprio jovem se descubra e trilhe”, diz a psicóloga Irene Blass, especializada em orientação vocacional.

Profissionais alertam sobre a imprecisão de testes que indicam a carreira ideal. “Ninguém pode fazer mágica para descobrir uma aptidão. A idéia de que um simples teste irá mostrar se alguém pode ou não ser engenheiro já está ultrapassada”, afirma Patrícia.

Esse tipo de teste vocacional, segundo especialistas, além de simplista, apenas retrata uma expectativa de momento. Por isso é visto com reserva. Até nos EUA e na França, entrou em desuso. A Internet está recheada desses tipos de avaliação. Mas, cuidado, pois um teste não pode escolher por você.

(FERNANDO TADEU SANTOS)

Leia mais:
  • E agora, o que você vai ser?
  • Ex-estudante de engenharia vira diretor de site
  • Teste vocacional é feito em três etapas
  • Onde buscar orientação


  •