Reuters
16/10/2002 - 10h31

Bomba que destruiu discoteca em Bali estava em minivan

da Reuters, em Jacarta

A explosão que atingiu um clube noturno em Bali, matando mais de 180 pessoas, veio de uma minivan com um pacote de explosivos plásticos C4 colado ao teto, disse hoje o porta-voz da polícia nacional indonésia.

Foi a primeira confirmação das autoridades de que um carro-bomba era o responsável pela explosão da noite de sábado do lado de fora do clube noturno Sari, na praia de Kuta.

O porta-voz negou um relato do "Washington Post" de que um ex-militar indonésio confessara ter feito a bomba.

"Não houve nenhuma confissão de ninguém", disse Saleh Saaf. "É apenas um boato."



Segundo ele, a julgar pelo tamanho da cratera na rua e os danos à minivan, investigadores concluíram que os explosivos estavam no teto, e não debaixo do veículo.

Saaf disse que o tipo C4 de explosivo usado no ataque não era fabricado na Indonésia.

Ele disse que a polícia não tinha determinado se a atrocidade era obra da rede Al Qaeda, de Osama bin Laden, ou do grupo indonésio Jemaah Islamiyah [grupo extremista islâmico que mantém ligações em outros países do Sudeste Asiático e relações com a rede terrorista Al Qaeda, liderada por Osama bin Laden].

O ministro de Defesa da Indonésia na segunda-feira (14) ligou a rede Al Qaeda com as explosões, e o presidente norte-americano George W. Bush disse que ele também via o trabalho do grupo, culpado pelos ataques de 11 de setembro de 2001 contra as torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York, e o Pentágono, nas cercanias de Washington.

Numa coletiva de imprensa, o chefe da polícia de Bali, Budi Setyawan, não ofereceu mais informações sobre o interrogatório de dois indonésios ligados às explosões. Ele disse apenas que nenhum dos dois era da ilha.

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