Reuters
04/12/2002 - 09h46

Nova acusação de estupro causa mal-estar entre Japão e EUA

da Reuters, em Tóquio

O Japão pediu hoje aos militares norte-americanos que combatam a criminalidade entre seus soldados, um dia depois de a polícia determinar a prisão de um fuzileiro naval americano acusado de tentativa de estupro em Okinawa, local que reúne a maior parte das forças dos EUA no Japão.

O incidente deve reforçar o ressentimento contra as tropas norte-americanas estacionadas na ilha, localizada 1.600 quilômetros a sudoeste de Tóquio. Já há no país um movimento para que os norte-americanos percam a jurisdição sobre os militares que cometem crimes em serviço.

O sentimento antiamericano também está em alta na vizinha Coréia do Sul, onde dois militares dos EUA foram absolvidos por seus pares em relação ao atropelamento de duas estudantes.

No caso japonês, o governo solicitou que o major Michael J. Brown, de 39 anos, seja entregue às autoridades japonesas. Os EUA ainda não responderam ao pedido. Brown é acusado de tentar estuprar uma mulher dentro de um carro em 2 de novembro. A vítima -uma filipina, segundo a agência Kyodo- teria resistido.

O primeiro-ministro Junichiro Koizumi pediu aos militares dos EUA no país que evitem novos incidentes como esse. "Precisamos pedir com veemência aos militares que melhorem sua atitude e tomem medidas para evitar a repetição desse tipo de crime", afirmou.

Um porta-voz da Embaixada dos EUA em Tóquio disse que o suspeito está preso e que os norte-americanos estão "cooperando totalmente" com os japoneses na investigação.

Okinawa abriga 26 mil dos 48 mil militares norte-americanos estacionados no Japão. A população local acha que essa presença cria problemas, como ficou claro em 1995, quando três soldados violentaram uma menina de 12 anos.

Em março deste ano, um aviador foi condenado a 32 meses de prisão pela Justiça japonesa por causa de outro caso de estupro. Apesar da indignação que essas histórias provocam, o governo não quer expulsar as tropas norte-americanas de Okinawa, para não prejudicar as relações com os EUA.

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