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04/12/2002
-
11h15
A greve geral convocada pela oposição na Venezuela entrou hoje em seu terceiro dia. O movimento oposicionista tenta forçar o presidente do país, Hugo Chávez, a aceitar uma saída eleitoral, por meio de um plebiscito, para a atual crise política.
Hoje a greve começou de forma tranquila, depois que vários protestos violentos marcaram o encontro entre os grevistas e a Guarda nacional, ontem. Policiais chegaram a usar bombas de gás lacrimogêneo contra os manifestantes na Praça Chuao, leste de Caracas (capital). A praça foi o ponto de origem da grande manifestação realizada em 11 de abril passado, quando violentos distúrbios deixaram 19 mortos e provocaram a tentativa de golpe contra Chávez.
As bombas de gás lacrimogêneo foram lançadas para dispersar dezenas de pessoas que estavam concentradas na frente da sede da empresa estatal de petróleo PDVSA, leste de Caracas. O objetivo dos manifestantes era apoiar a greve geral.
Embora a greve dê sinais de que já perde força e não tenha afetado o setor vital da economia venezuelana, a indústria petrolífera, os adversários de Chávez, decidiram prorrogá-la, denunciando a repressão do governo ao protesto.
A maior organização empresarial do país, Fedecámaras, a CTV e os partidos políticos de oposição insistem em pressionar a saída de Chávez, um tenente-coronel aposentado que assumiu a Presidência da Venezuela em fevereiro de 1999 após vencer as eleições no ano anterior com maioria esmagadora dos votos.
Chávez foi eleito presidente em 1998 com votação esmagadora e reeleito em julho de 2000, com 59,7% dos votos, depois de mudar a Constituição para que a eleição pudesse acontecer. Seu mandato termina em 2007.
A insatisfação contra Chávez cresceu devido ao seu estilo autoritário, à agenda de esquerda, ao fracasso no combate ao crime, à pobreza e à corrupção. A situação econômica também foi agravada pela queda nos preços do petróleo -a Venezuela é o quarto maior exportador de petróleo do mundo.
A situação começou a piorar no ano passado, quando Chávez lançou e conseguiu aprovar um pacote de 49 leis que permitiu expropriar terras para exploração de petróleo. A atitude causa indignação entre o setor empresarial -maior opositor de Chávez- que dá início a greves. A exemplo dos petroleiros, outros setores também começam a se opor às ações de Chávez.
A aproximação de Chávez com Fidel Castro, presidente de Cuba -país que recebe petróleo da venezuela a preços especiais- e a frequente retórica anti-Washington também sempre desagradaram os EUA.
Em pronunciamento no Congresso norte-americano, o secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, chegou a dizer que o presidente George W. Bush estava descontente com as políticas adotadas pelo governo venezuelano.
No início deste ano, Chávez passou a enfrentar várias manifestações populares encabeçadas por diferentes setores, principalmente o petrolífero, o que deu à oposição aliados importantes, como militares de média patente no país.
Com agências internacionais
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Venezuela enfrenta terceiro dia de greve geral contra Chávez
da Folha OnlineA greve geral convocada pela oposição na Venezuela entrou hoje em seu terceiro dia. O movimento oposicionista tenta forçar o presidente do país, Hugo Chávez, a aceitar uma saída eleitoral, por meio de um plebiscito, para a atual crise política.
Reuters - 31.mai.2002 |
Hugo Chávez, presidente da Venezuela |
As bombas de gás lacrimogêneo foram lançadas para dispersar dezenas de pessoas que estavam concentradas na frente da sede da empresa estatal de petróleo PDVSA, leste de Caracas. O objetivo dos manifestantes era apoiar a greve geral.
Embora a greve dê sinais de que já perde força e não tenha afetado o setor vital da economia venezuelana, a indústria petrolífera, os adversários de Chávez, decidiram prorrogá-la, denunciando a repressão do governo ao protesto.
A maior organização empresarial do país, Fedecámaras, a CTV e os partidos políticos de oposição insistem em pressionar a saída de Chávez, um tenente-coronel aposentado que assumiu a Presidência da Venezuela em fevereiro de 1999 após vencer as eleições no ano anterior com maioria esmagadora dos votos.
Chávez foi eleito presidente em 1998 com votação esmagadora e reeleito em julho de 2000, com 59,7% dos votos, depois de mudar a Constituição para que a eleição pudesse acontecer. Seu mandato termina em 2007.
A insatisfação contra Chávez cresceu devido ao seu estilo autoritário, à agenda de esquerda, ao fracasso no combate ao crime, à pobreza e à corrupção. A situação econômica também foi agravada pela queda nos preços do petróleo -a Venezuela é o quarto maior exportador de petróleo do mundo.
A situação começou a piorar no ano passado, quando Chávez lançou e conseguiu aprovar um pacote de 49 leis que permitiu expropriar terras para exploração de petróleo. A atitude causa indignação entre o setor empresarial -maior opositor de Chávez- que dá início a greves. A exemplo dos petroleiros, outros setores também começam a se opor às ações de Chávez.
A aproximação de Chávez com Fidel Castro, presidente de Cuba -país que recebe petróleo da venezuela a preços especiais- e a frequente retórica anti-Washington também sempre desagradaram os EUA.
Em pronunciamento no Congresso norte-americano, o secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, chegou a dizer que o presidente George W. Bush estava descontente com as políticas adotadas pelo governo venezuelano.
No início deste ano, Chávez passou a enfrentar várias manifestações populares encabeçadas por diferentes setores, principalmente o petrolífero, o que deu à oposição aliados importantes, como militares de média patente no país.
Com agências internacionais
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