Al Qaeda treina para ataques marítimos, alertam especialistas
da Reuters, em CingapuraA navegação mundial começou a enfrentar uma nova ameaça, representada pelos atentados marítimos cometidos por militantes da rede Al Qaeda, a partir de uma tática desenvolvida por rebeldes de Sri Lanka, disseram especialistas hoje
Piratas suicidas são a mais recente novidade na lista de ameaças contra a marinha mercante, já afetada pela possível guerra no Iraque, segundo fontes do setor.
O Grupo de Inteligência Marítima, entidade com sede em Washington, disse que membros do Jemaah Islamiyah [grupo extremista islâmico acusado de manter contatos em outros países do Sudeste Asiático e de ter ligação com a rede terrorista Al Qaeda, liderada por Osama bin Laden], vêm recebendo treinamento em táticas de guerrilha marítima.
"Sabemos que o Jemaah Islamiyah foi beneficiado com a capacidade dos Tigres (asiáticos)", disse Kweilen Kimmelman, analista-sênior do Grupo de Inteligência Marítima, numa conferência sobre o tema.
Segundo ela, os militantes estão preparados para atentados suicidas com bombas ou para lançar embarcações cheias de explosivos contra navios. "Os níveis de ameaça não têm precedentes."
Os rebeldes usam também "torpedos humanos" (mergulhadores que usam propulsores a motor nos ataques), minas marítimas e pequenos submarinos.
Em outubro, um pequeno barco cheio de explosivos foi lançado contra um petroleiro francês no golfo de Áden, matando um tripulante. Outro ataque semelhante aconteceu no estreito de Malaca, próximo a Cingapura.
Kimmelman afirma que, por causa da redução do tráfego marítimo acarretada pelo atentado, o Iêmen está perdendo US$ 3,8 bilhões por mês.
Falando na mesma conferência, o diretor da guarda costeira norte-americana sugeriu a adoção de regras mundiais contra atentados marítimos. A partir de julho de 2004, governos, portos e navios devem adotar novas medidas de segurança, mas os armadores ainda não decidiram quem pagará a conta.
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