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21/01/2003 - 12h22

Bin Laden usou guarda-costas para sair do Afeganistão, diz jornal

da France Presse, em Washington

O líder da rede terrorista Al Qaeda, Osama bin Laden, escapou do Afeganistão dando seu telefone celular a seu guarda-costas marroquino, o que serviu para despistar as forças americanas, que rastreavam o sinal, segundo a edição de hoje do jornal "The Washington Post".

Abdallah Tabarak, 43, estava disposto a morrer ou ser capturado -o que finalmente aconteceu em novembro de 2001 em Tora Bora, sendo enviado depois para a base militar americana de Guantánamo, em Cuba, onde agora é líder de seus companheiros da Al Qaeda e do Taleban aprisionados-, disseram autoridades marroquinas ao jornal.

Reuters
Osama bin Laden, terrorista saudita acusado de ser o autor dos atentados contra os EUA, em 11 de setembro
"[Tabarak] Concordou em ser capturado ou morrer", disse um oficial. "Este é o grau de seu fanatismo por Bin Laden."

Segundo o jornal, Tabarak usou o celular de Bin Laden ao deslocar-se pelo complexo de grutas de Tora Bora, sitiado por forças americanas e seus aliados afegãos.

"Não fez isso durante muito tempo, mas foi suficiente. Há um ditado popular segundo o qual 'aonde está o sapo, a serpente não está muito longe'", afirmou outro oficial marroquino, que interrogou Tabarak e outros prisioneiros marroquinos em Guantánamo.

Acredita-se que Bin Laden fugiu de Tora Bora para o vizinho Paquistão. Embora lhe sejam atribuídas várias mensagens depois de sua suposta fuga, não há provas conclusivas de que esteja vivo ou morto. Uma recompensa de US$ 5 milhões oferecida pelo governo americano por qualquer informação que permita sua captura ainda está em vigor.

Os oficiais marroquinos disseram ao "Washington Post" que as forças americanas no Afeganistão não sabiam quem era Tabarak quando o capturaram e o levaram a Guantánamo. Sua foto foi enviada a diversos países e imediatamente identificado pelas autoridades marroquinas, segundo as fontes.

A função de Tabarak na rede terrorista foi estabelecida examinando as mensagens telefônicas e os interrogatórios de outros presos, declararam os oficiais marroquinos.

Segundo eles, a estratagema que permitiu a Bin Laden escapar é amplamente conhecida e celebrada entre os prisioneiros de Guantánamo.

De acordo com os oficiais, Tabarak goza do respeito dos presos. "Tem carisma, e todos os combatentes de Guantánamo o respeitam", disse um oficial da inteligência marroquina.

O "Washington Post" afirma que oficiais americanos reconheceram que alguns prisioneiros emergiram como líderes em Guantánamo, mas não têm autoridade para dar mais detalhes sobre o assunto nem identificar Tabarak.

A Al Qaeda é acusada de realizar os ataques de 11 de setembro de 2001 nos EUA, que deixaram cerca de 3.000 mortos.

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