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25/02/2003 - 03h00

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da Folha de S.Paulo

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CAPA
Na cronologia das inovações tecnológicas ["Desconectados em busca do tempo perdido"], houve um grave esquecimento no que diz respeito aos primeiros provedores: o Alternex (Ibase), na época dirigido por Betinho, [que começou a funcionar em 1994].
J.B. Ferreira
Orem, Utah, EUA

SABOR DO SABER
Que há por trás da "historinha" do educador, psicanalista e escritor Rubem Alves? Ela me lembra as histórias de Monteiro Lobato, principalmente aquela do cachorro pobre, magro, faminto mas livre... para continuar pobre, magro, faminto!
Os que dizem que "é preciso que as classes dominadas se apropriem dos saberes das classes dominantes" sabem que isso é necessário porque os representantes das classes dominantes têm a vantagem de ter acesso aos dois saberes, enquanto os representantes das classes dominadas têm a desvantagem do acesso apenas aos seus próprios saberes.
Está na hora de o ilustre educador, psicanalista e escritor perceber também o que está por trás de sua "historinha".
Carlos de Morais
São Paulo, SP

DIPLOMA SUÍÇO
Orson Welles, no filme "O Terceiro Homem", diz: "Na Itália, durante 30 anos sob os Borgias, houve guerras, terror, assassinatos, sangue. Eles produziram Michelangelo, Leonardo da Vinci e a Renascença. Na Suíça, tiveram amor fraternal, 500 anos de democracia e paz. E o que produziram? O relógio cuco". A citação não é inteiramente justa, reconheçamos, mas...
Na gastronomia, eles são associados à fondue. Mas um Brasil versus Suíça seria um 20 a 0 nesse campo. Pura covardia. Nosso chuchu com camarão já é um primeiro gol, fácil, em que a presença sutil e recatada do chuchu serve de fundo perfeito para o sabor delicado e leve do camarão.
Se a formação em hotelaria incorporasse uma ponta da hospitalidade e do calor humano brasileiros, como penso devesse fazer, além da nossa cultura de muitas raças e da gastronomia sensual, rica e diversificada... Os suíços têm certamente muito mais a aprender aqui do que a ensinar.
Edison Bittencourt
Campinas, SP

EDUCAÇÃO INDÍGENA
Muito antes da PUC-SP, mais precisamente desde 1997, o Unigran (Centro Universitário da Grande Dourados) firmou convênio com a Funai e criou o Paei (Programa de Assistência ao Estudante Indígena), promovendo o acesso ao ensino superior de jovens guaranis, caiovás e terenas das duas aldeias da Reserva Indígena de Dourados, no sul de Mato Grosso do Sul.
Em 2002, matricularam-se 98 alunos indígenas com bolsas de estudo integrais em diversos cursos de graduação. Quatro estudantes indígenas já se graduaram por meio desse convênio.
Dos estudantes, a única contrapartida solicitada é justamente a dedicação à melhoria da qualidade de vida nas suas aldeias, com a aplicação do conhecimento adquirido em benefício de sua coletividade.
Rosa Maria D'Amato De Déa,
reitora do Centro Universitário da Grande Dourados
Dourados, MS


FÓRUM EDUCAÇÃO
Na reportagem "Competência individual, um desafio coletivo", só não gostei da frase do sr. Gaudêncio Frigotto: "Há um número grande de pessoas que realizam trabalhos estúpidos apesar da boa formação". O que seriam trabalhos estúpidos?
No meu modo de ver, todos os trabalhos são importantes, mesmo os que não requerem grande habilidade intelectual dos que o executam. Afinal, o trabalho é a atividade humana por excelência, pela qual o homem transforma a natureza e a si mesmo. Creio que todos os tipos de trabalho sejam importantes.
A questão é que prevalecem as funções divididas entre o homem que pensa e o homem que só executa, o que gera uma exploração dos que sabem menos. Nos sistemas em que há exploração, o trabalho em vez de contribuir para a liberdade, o trabalho acaba se transformando em condição para a alienação do homem.
Aline Midori Teramatsu
São Paulo, SP

ENSINO RELIGIOSO
Tenho 13 anos e agradeço aos meus pais por não terem me obrigado a seguir uma religião. Fui batizada na Igreja Católica, mas, por opção minha, não fiz a primeira comunhão. Acredito em Deus, mas não acho que as crianças devam ser obrigadas a acreditar.
Meu pai diz-se católico não-praticante e minha mãe se diz apenas cristã. Ambos fizeram primeira comunhão.
Discordando do leitor Raul da Silva [em carta referente à reportagem de capa "Criança precisa de religião?", de 17 de dezembro], não acho que seja necessário uma religião e um Deus para que a criança tenha um sentido para a vida. Se a criança sentir que sem Deus sua vida não tem sentido, creio que ela deva procurar uma religião quando tiver idade para optar.
Camila G. de Paula
São Paulo, SP

DEMOCRACIA
O Sinapse é aquele pedacinho da Folha que separo para ler, aprender e guardar. Na edição de 28/1, deparei-me com o artigo do professor Renato Janine Ribeiro. Foi um banho de democracia, numa linguagem acessível e clara, sem rebuscamento desnecessário e enfadonho.
Ângela Luiza S. Bonacci
Pindamonhangaba, SP

GENES E RAÇAS
Oportuno o artigo "Raças, Genes e Homens". Acho importante, num momento em que parece que o preconceito contra os negros observado no país está atingindo proporções "politicamente corretas" para nos transformar em inimigos raciais e estabelecer uma guerra fria entre as raças.
Que se faça notar que, antes de respeitar as diferentes raças, devemos nos conscientizar de que as mesmas não existem e que a cor da pele é apenas um fator de proteção genética.
Vou fazer uma camiseta em resposta àquela já conhecida (100% negro): 100% humano. Pelas expectativas mencionadas pelo autor no final do texto (com as quais concordo), complementarei a frase de minha camiseta com a seguinte expressão: infelizmente.
Carlos Eduardo Fortes de Britto
São Paulo, SP

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