Folha Online sinapse  
29/04/2003 - 02h32

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da Folha de S.Paulo

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PERFIL

Gostei do perfil do educador Tião Rocha. A despeito da idéia de Tião, continuo na universidade. Hoje, encontro-me "encastelado na universidade, cheirando a mofo", mas com esperança e pretensão de um dia exalar ciência.
Luiz Eurico Junqueira Coli, professor-assistente de finanças do Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras
Lavras, MG


CAPA

Gostei muito da reportagem sobre a terceira idade. Sou um deles: quase 60 anos, engenheiro aposentado. Para quem trabalhou a vida toda em fábricas, essa nova situação pode ser comparada à de abrir a porta da gaiola de um passarinho e dizer a ele: "Agora vire-se!".
Manuel Fernandez Peig
São Paulo, SP

Durante 27 anos, mantive um consultório odontológico. Resolvi parar e partir para outra atividade. Hoje, sou funcionário de uma empresa de consultoria e serviços, trabalhando no departamento de licitações. Estou e sou feliz nessa nova empreitada de vida. Tive a compreensão da minha esposa e dos meus filhos, que me apoiaram na decisão.
Tobias Kogan
São Paulo, SP

SABOR DO SABER

Gostaria de dizer como fiquei aliviada em ler o belíssimo artigo de Rubem Alves em relação ao vestibular. Sou professora universitária e sempre tive medo de ter de me submeter a um exame vestibular novamente! Penso que os alunos, no início do curso universitário, sentem-se confusos em relação aos novos estudos. Não sabem como estudar, pois passaram alguns anos "não estudando". O que fazer? Os primeiros semestres do curso universitário são complicados tanto para os alunos como para os professores.
Elizabeth Schmidt Popazoglo
Curitiba, PR

O sr. pergunta: "Haverá justificação pedagógica para esse absurdo [o vestibular]? Ainda não a encontrei". No mínimo, há uma explicação simples e direta: é inevitável. Mas, se os vestibulares medem apenas a parte volátil da cognição (memória de dados e de algoritmos), o que é que, pensando-se a médio e longo prazo, está sendo realmente selecionado como conjunto de competências para um estudante entrar numa universidade? Aposto que a maioria das bancas de vestibulares e seus correlatos no MEC —responsáveis pelos exames nacionais— não sabem responder a essa pergunta.
Luiz Alberto de Lima Nassif
São Paulo, SP

MUSEUS

Foi com muito prazer que li a reportagem "Além da Exposição", pois reconheço o trabalho árduo e valoroso dos profissionais de arte-educação. O monitor dos museus exerce uma função de suma importância, pois é ele quem tem contato direto com o público, formando espectadores conscientes e eliminando preconceitos arraigados com relação às obras de arte. Porém, muitos dirigentes de museus ainda desvalorizam o trabalho do arte-educador. Em resposta ao sr. Paulo Portella Filho, coordenador do serviço educativo do Masp, gostaria de enfatizar que muitos profissionais de arte-educação são obrigados a se submeter aos salários ultrajantes oferecidos pela grande maioria das instituições culturais. Muitos deles até têm de trabalhar em vários eventos culturais ao mesmo tempo para se sustentar, já que os museus não os registram como funcionários e condicionam sua permanência na instituição à duração das exposições. Não há legislação trabalhista que lhes dê o direito de registro em carteira ou determine piso salarial. Por isso é que o trabalho em arte-educação, levado a sério pelos monitores, muitas vezes é confundido com "bico", como disse o ilustre entrevistado. É preciso que os colegas da área da cultura intercedam para reverter essa situação.
Juliana Santos
São Paulo, SP


Muito boa e oportuna a reportagem sobre museus que vão além da exposição de seus acervos.
Pércio de Moraes Branco, coordenador do Museu de Geologia
Porto Alegre, RS


MÉDICO-OBJETO

Como profissional de saúde, preocupada com a distância cada vez maior deste de seu paciente, congratulo-me com o médico Ivan Miziara e seu brilhante artigo [na seção "Leituras Cruzadas"]. Assunto pouco comentado na imprensa brasileira.
Leda Sequeira Moura Pinheiro
Rio de Janeiro, RJ

Espero que o artigo do dr. Ivan Miziara desperte reflexões em alguns colegas e os leve a reavaliar sua conduta frente a seus pacientes. Com efeito , a medicina vem se tornando cada vez mais mecanizada e a distância entre o médico e seu paciente se alarga cada vez mais. É lamentável que nos cursos de formação se de mais ênfase à informação e menos à formação. Hoje chegamos a extremos em que o médico não olha para seu paciente, e sim para uma tela de computador onde estão seu retrato e seu histórico clínico. Por ser o mais idoso na enfermaria do hospital onde trabalho,insisto para que os colegas olhem menos para a patologia e mais para o paciente. Menos aparelhos e mais pele a pele. Um contato humano substitui exames, diminui custos e aumenta a possibilidade de o paciente vir a se curar.
Harly Trench Junior
Assis ,SP

VAN GOGH

Sobre a seção "Caminho das Pedras", acho errado o fato de professores de arte e jornalistas de cadernos culturais só tratarem de artistas estrangeiros, ignorando os nacionais. Espero que nossas arte e cultura possam encontrar mais espaço.
Maria Gilka
São Paulo, SP

MATEMÁTICA

Excelente o artigo da professora Suely Druck. Suas críticas a detalhes pedagógicos são importantíssimas. Faltou, no entanto, na minha opinião, uma crítica contundente à estrutura de ensino: o drama da forma e dos conteúdos dos vestibulares, pois são eles que norteiam a forma e os conteúdos do ensino médio —que, por sua vez, norteiam a forma e os conteúdos do ensino fundamental. Critica-se a didática do professor, o desinteresse do aluno, os livros didáticos etc., mas pouco tem sido feito em relação ao aperfeiçoamento da estrutura, atacando-se os conteúdos e a forma de cobrá-los. Posso garantir que os conteúdos de matemática do ensino médio são praticamente os mesmos há mais de 50 anos.
Olímpio Rudinin Vissoto Leite
Santos, SP

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