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30/03/2004
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03h14
Em SP, estudantes encaram corredeiras
ANTONIO ARRUDA free-lance para a Folha de S. Paulo
No ano passado, 23 alunos da Escola Politécnica da USP passaram dois dias em Brotas (245 km a noroeste de São Paulo) desafiando os próprios limites: praticaram rapel e desceram corredeiras para aprender sobre empreendedorismo. No Brasil, esse tipo de atividade faz parte de cursos de extensão.
"O aluno entra em contato com seus medos, enfrenta o inusitado e pode desenvolver de forma extremamente rápida a colaboração", acredita José Antonio Lerosa de Siqueira, coordenador-executivo do Centro Minerva de Empreendedorismo da Poli, que oferece curso de extensão nessa área. Neste ano, essa atividade poderá se tornar ainda mais radical: os alunos deverão passar dois dias com o Corpo de Bombeiros de Franco da Rocha (Grande São Paulo).
Na opinião de André Fischer, coordenador do curso de administração da USP, a prática de qualquer atividade que estabeleça desafios e leve a pessoa a situações-limite faz com que ela conheça melhor a si e aos outros.
Mas Fischer faz uma ressalva: "Seria positivo termos atividades desse tipo nas universidades desde que essas práticas não se transformassem num fim em si mesmas, mas mantivessem vínculo com a teoria". Marcelo Corrêa, presidente da Sociedade Brasileira de Gestão do Conhecimento, concorda: "Essas atividades podem dar o 'start' para que a pessoa aprimore o seu 'capital de relacionamento', mas, isoladamente, não são suficientes".
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