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27/08/2001
-
14h31
MARGARETE MAGALHÃES
da Folha de S.Paulo
Se as recentes queimadas que destruíram extensas áreas dos parques nacionais da Chapada dos Guimarães (MT) e do Itatiaia (RJ), além de parte do Pantanal, fizeram você desistir de conhecê-los, reconsidere sua decisão. Mantenha seus planos de viagem, pois tais áreas continuam a exibir belezas naturais e os locais atingidos começam a se recompor.
No parque da chapada dos Guimarães, o fogo, que consumiu 8.600 hectares este mês, não chegou aos pontos turísticos. As chamas atingiram parte do morro de São Jerônimo, o ponto mais alto do parque, com 836 m, mas a área já está verde.
No Itatiaia, um incêndio em julho queimou 600 hectares da parte alta do parque, onde fica o pico das Agulhas Negras (2.787 m). O local, que estava fechado, será parcialmente reaberto no próximo sábado.
Outros parques nacionais que correm risco de queimada nesta época estão no Centro-Oeste, como o das Emas (GO), no Sudeste, como o da Serra da Bocaina (RJ), e no Sul, como o Aparados da Serra (RS), segundo Osnil José Nepomuceno, coordenador da Diretoria de Ecossistemas do Ibama.
A causa básica das queimadas é o homem, seja por acidente ou de propósito, diz Paulo César Mendes Ramos, 50, coordenador nacional do PrevFogo (Sistema Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais).
No Itatiaia, dois excursionistas acenderam uma fogueira num dia em que a umidade relativa do ar era de 6%. Com um clima seco assim, qualquer faísca pode provocar uma queimada. 'O turista tem que ser orientado para saber que, quando está numa área predominante de capim, qualquer descuido pode provocar um incêndio.'
Mas nem todos apostam que o homem seja o algoz dos parques. Segundo Guilherme Rondon, dono de um hotel-fazenda em Aquidauana (MS), o modelo de parque nacional é 'potencial' para incêndios porque proíbe qualquer atividade econômica. Para ele, 'o grande bombeiro do Pantanal é o gado', que se alimenta do mato, que, quando seco, torna-se fonte iminente de combustão. Ele defende um projeto de parques com modelo sustentável no qual o homem não seja mero espectador.
Leia também:
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Parque do Itatiaia reabre sábado após incêndio
CHIAKI KAREN TADAMARGARETE MAGALHÃES
da Folha de S.Paulo
Se as recentes queimadas que destruíram extensas áreas dos parques nacionais da Chapada dos Guimarães (MT) e do Itatiaia (RJ), além de parte do Pantanal, fizeram você desistir de conhecê-los, reconsidere sua decisão. Mantenha seus planos de viagem, pois tais áreas continuam a exibir belezas naturais e os locais atingidos começam a se recompor.
No parque da chapada dos Guimarães, o fogo, que consumiu 8.600 hectares este mês, não chegou aos pontos turísticos. As chamas atingiram parte do morro de São Jerônimo, o ponto mais alto do parque, com 836 m, mas a área já está verde.
No Itatiaia, um incêndio em julho queimou 600 hectares da parte alta do parque, onde fica o pico das Agulhas Negras (2.787 m). O local, que estava fechado, será parcialmente reaberto no próximo sábado.
Outros parques nacionais que correm risco de queimada nesta época estão no Centro-Oeste, como o das Emas (GO), no Sudeste, como o da Serra da Bocaina (RJ), e no Sul, como o Aparados da Serra (RS), segundo Osnil José Nepomuceno, coordenador da Diretoria de Ecossistemas do Ibama.
A causa básica das queimadas é o homem, seja por acidente ou de propósito, diz Paulo César Mendes Ramos, 50, coordenador nacional do PrevFogo (Sistema Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais).
No Itatiaia, dois excursionistas acenderam uma fogueira num dia em que a umidade relativa do ar era de 6%. Com um clima seco assim, qualquer faísca pode provocar uma queimada. 'O turista tem que ser orientado para saber que, quando está numa área predominante de capim, qualquer descuido pode provocar um incêndio.'
Mas nem todos apostam que o homem seja o algoz dos parques. Segundo Guilherme Rondon, dono de um hotel-fazenda em Aquidauana (MS), o modelo de parque nacional é 'potencial' para incêndios porque proíbe qualquer atividade econômica. Para ele, 'o grande bombeiro do Pantanal é o gado', que se alimenta do mato, que, quando seco, torna-se fonte iminente de combustão. Ele defende um projeto de parques com modelo sustentável no qual o homem não seja mero espectador.
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