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27/12/2001 - 08h55

Brunch pode ser uma opção tranquila depois da festa do Réveillon

da Folha de S.Paulo

Refeição tradicionalmente preparada aos domingos, o brunch será destaque de vários restaurantes de São Paulo durante as festas de Réveillon.

Popularmente chamado de "café da manhã reforçado", serve como opção para aqueles que, passado o Natal -e dias pós-Natal, quando ainda se degustam os resquícios de perus, tenders e outros pratos da época-, já não olham com a mesmo entusiasmo para uma mesa de ceia de fim de ano.

Além disso, o momento da refeição é visto como uma oportunidade de um encontro familiar longe do clima de euforia e festa que caracteriza a noite do dia 31.

"Muita gente dorme cedo [no dia 31" e prefere festejar no dia seguinte. É um pessoal um pouco mais velho. Quem vai num restaurante no dia 1º não é aquele que fica festejando até muito tarde", disse o suíço Christophe Besse, 35, chef do All Seasons, no hotel Golden Tulip Paulista Plaza.

Apesar de contar com os tradicionais peru e tender, muita gente passa longe desses pratos no brunch.

"As pessoas comem saladas, frios, peixes e as sobremesas. A idéia é fazer um café da manhã reforçado, mas o pessoal vem mesmo é para almoçar. Os pães e omeletes saem muito pouco", afirma Besse.

Na mesma corrente, o francês Christophe Chabró, 39, chef do Antúrios, do hotel Transamérica, disse que os pratos campeões são os que levam frutos do mar, caviar, peixes e frios.

Já há sete anos preparando brunch de Ano Novo no Antúrios, Chabró diz que os brasileiros estão "criando um hábito".

"É como Dia dos Pais ou Dia das Mães. O restaurante fica cheio no dia 1º, já temos clientes fiéis", afirma o francês, nascido nos arredores de Paris, mas "criado no sul da França". "Hoje, em São Paulo, praticamente todos os hotéis têm brunch aos domingos", diz Besse.

Para Chabró, o do dia 1º é um ambiente familiar, contrastando com o clima de festa entre amigos normalmente visto na noite de Réveillon.
"As pessoas querem um lugar agradável, confortável. É mais familiar.

Parece que, na virada do ano, passa-se com amigos, num ambiente festeiro, e, no dia seguinte, prefere-se uma reunião com a família, uma coisa mais tranquila."

A opinião é compartilhada por Marta Waldman, 56, sócia-proprietária da Casa do Padeiro. "Nós temos um público diversificado, mas, no brunch de Ano Novo, vêm muitos casais com seus filhos."

Para Waldman, uma das razões da procura pelo brunch é o bolso. "O preço é acessível, muitas pessoas podem participar", diz Waldman, que cobra R$ 23,90 por conviva.

Com funcionamento 24 horas, a Casa do Padeiro vai começar a servir seu brunch à meia-noite e encerrará às 12h do dia 1º.

No hotel Maksoud Plaza, o Brasserie Bela Vista fará brunch especial de Réveillon, mas os chefs André Servá e Léo Filho ainda não definiram seus pratos.

Já o Congonhas Grill, no aeroporto de Congonhas, terá em seu cardápio endívias recheadas com patê de fígado e geléia de romã e filé de congrio com molho de limão.

Restos
O brunch vem seduzindo e pode até estar se tornando um novo hábito, mas esse tipo de refeição é alvo de críticas de renomados chefs. Para eles, a refeição é, simplesmente, uma forma de os restaurantes reaproveitarem alimentos não consumidos no dia anterior.

"Não concordo com isso. Temos todo dia bufê e recebemos produtos frescos. Os itens do brunch são recebidos no sábado. Acho muito pior o dia de segunda, por exemplo", afirma Besse.

"Esse tipo de crítica não é válida no meu caso. O brunch é onde eu invisto mais. Tenho muito orgulho dele", diz Chabró.


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