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08/04/2002 - 16h30

Em Goiânia, memorial ganha réplica de aldeia indígena

MIRELLA DOMENICH
enviada especial a Gôiânia (GO)

Quem quiser conhecer Goiânia (GO) tem uma ótima desculpa no próximo dia 18 de abril, quando índios xavantes participam da cerimônia de inauguração da réplica de uma aldeia indígena no Memorial do Cerrado Padre Pereira, localizado na cidade.

Além de poder ver de perto a apresentação de danças e de rituais desses índios, a ocasião é uma ótima oportunidade para o visitante aprender um pouco mais sobre a história do cerrado e de seus habitantes.

No memorial, onças-pintadas, sucuris, cutias, ariranhas e outros animais empalhados dividem espaço com amostras da flora da região. Uma vila cenográfica, onde a aldeia foi montada, reproduz a arquitetura e os costumes do período de transição do Brasil colonial para a República.

Foram 15 anos de pesquisa até o término da construção do memorial nas dependências de um dos campi da Universidade Católica de Goiás (UCG), há pouco mais de dois anos.

Com proposta didática e científica, o memorial pode -e deve- ser visitado por qualquer pessoa que tenha curiosidade na formação da sociedade brasileira, principalmente daquela encravada no cerrado, no centro do país, muitas vezes esquecido nas próprias aulas de geografia da escola.

É um memorial singular no Brasil porque, além de um museu de história natural, tem a vila cenográfica Santa Luzia, onde o visitante vê em tamanho natural construções típicas dos séculos passados e objetos preservados.

A melhor opção de visita são as monitoradas, que devem ser marcadas e duram cerca de uma hora e meia. Longe de ser uma aula de história ou de geografia tradicional, quem visita o memorial tem uma oportunidade única de aprender de forma dinâmica.

Linha do tempo
A visita ao memorial começa dentro do museu, onde se tem uma idéia da história da Terra. No primeiro corredor, o visitante observa painéis de referência sobre eras geológicas e quadros evolutivos das plantas e dos grandes grupos de animais.

Tudo é explicado detalhadamente pelo guia, que faz um resumo da evolução do planeta, desde o Período Pré-Cambriano até a Era Paleozóica. Há ainda a exposição de rochas e de minerais comuns do cerrado e de fósseis correspondentes aos diferentes períodos geológicos.

Num segundo corredor, o visitante segue conhecendo os processos evolutivos dos períodos Mesozóico ao Cenozóico, acompanhando a evolução da vida, que vai dos répteis até o aparecimento dos mamíferos. Em todas as áreas o visitante é premiado com gravuras, ilustrações, fotos e, em alguns casos, animais empalhados.

A mesma estrutura é repetida nas seções seguintes, que contam a história da origem da humanidade, com elementos da fauna africana atual, a chegada do homem à América do Norte, à América Central e à América do Sul, além da formação do cerrado.

Nesta última seção, a maior de todas, o visitante pode observar a diversidade que há no cerrado.

Há diversos cenários que remontam à flora e à fauna do cerrado e de seus subsistemas. Maquetes são usadas para explicar as origens dos três grandes grupos de rochas que formam a região.

Além da parte geográfica do cerrado, o memorial resgata ainda os primeiros indícios de civilização da região. Um mostruário de pequenos cenários representa sítios arqueológicos, e painéis mostram diferentes manifestações de arte rupestre.

A exposição termina com uma homenagem aos índios brasileiros, onde estão expostos vários painéis referentes ao tema. O poema "Chegança", de Antônio Nóbrega e Wilson Freire, marca a última seção do museu. Ele termina com uma frase bem sugestiva do que o visitante ainda pode esperar: "Ai, senti no coração, o Brasil vai começar".

Memorial do Cerrado - Universidade Católica de Goiás, Campus 2, Goiânia; funciona de segunda a sexta, das 8h às 17h. Tel. para marcar visitas: 0/xx/62/ 227-1077.

Mirella Domenich viajou a convite da Abrajet-GO, da Secretaria Municipal de Turismo de Goiânia, da Agetur, do Goiânia Convention & Visitors Bureau, da Abih, da Varig e da prefeitura de Caldas Novas

Leia mais:

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