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09/09/2002 - 19h57

Turismo doméstico cresce em Nova York depois de atentados

da Folha de S.Paulo, em Nova York

O ataque terrorista de 11 de setembro foi responsável por um paradoxo comercial no turismo de Nova York: em 2001, a cidade teve mais visitantes domésticos do que no ano anterior; só que estes gastaram menos dinheiro.

De acordo com números divulgados na última quarta-feira pela New York City & Company, o equivalente local da Secretaria Municipal de Turismo, a cidade recebeu nos 12 meses do ano passado 29,5 milhões de visitantes domésticos, 80 mil pessoas mais do que no período anterior, o que significa um aumento de 0,3% em relação a 2000 -a média de crescimento nacional foi de 0,1%.

Essa multidão, no entanto, gastou 10% menos do que no ano 2000, totalizando US$ 8,8 bilhões (contra os US$ 9,8 bilhões de antes). O que aconteceu: até agosto de 2001, mês anterior ao ataque, o fluxo de turistas para Nova York vinha numa linha crescente, com 4,7% mais pessoas do que no mesmo período do ano anterior.

Veio 11 de setembro e no resto do ano o fluxo caiu 7,5% em relação ao mesmo período de 2000. Porém essas pessoas gastaram menos na cidade, em parte porque muitas não eram turistas tradicionais, mas gente que vinha visitar parentes das vítimas dos atentados. Isso levou musicais da Broadway como "The Rock Horror Show" a fecharem suas portas e museus como o Guggenheim a mandarem funcionários embora.

Também registraram queda em 2001 o tempo de estada dos visitantes na cidade (1% menos em relação a 2000) e as chegadas de viajantes de negócios (em 1,2%).

Turistas internacionais

No cenário internacional, o resultado foi ainda pior. Embora o Departamento de Estado ainda não tenha liberado os números de 2001 relacionados ao turismo de estrangeiros, a previsão é a de que o total geral de pessoas que visitaram a cidade tenha caído 9,4%.

Assim, entre americanos e estrangeiros, 45,9 milhões de pessoas teriam vindo a Nova York no ano passado, contra o recorde histórico de 50,9 milhões no ano anterior. O declínio é mais grave porque, apesar de representarem uma porcentagem pequena no total geral de turistas, os estrangeiros gastam proporcionalmente mais do que os domésticos.

Cristyne L. Nicholas, presidente da NYC & Company, diz acreditar que 2002 deve apenas manter os números de 2001. (SD)

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