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Rota Austral faz parada em geleira
da Folha Online
Os aventureiros da Rota Austral, Beto Pandiani e Gui Von Schmidt, contam neste último boletim como conheceram as geleiras das Laguna San Rafael e o que os espera nos próximos dias.
21/11 (terça-feira)
"Hoje dedicamos o dia para explorar a fascinante Laguna San Rafael.
Velejamos pelo lago aproximando-nos da geleira por entre os milhares de blocos de gelo flutuando. O vento fraco mantinha o cenário quase lunar, e o silêncio só era quebrado pelo som distante de grandes blocos de gelo despencando da parede de 40 metros da geleira.
"Os dois veleiros deslizavam pelo labirinto tentando se aproximar da grande parede branca. Aos poucos os caminhos foram se fechando e finalmente tornou-se impossível avançar, tamanho o número de blocos que se colocavam à nossa frente. A corrente do mar e o vento empurraram todos juntos formando uma barreira de pedras de gelo em todos os tons de branco e azul. (...)
"Dirigimo-nos para um iceberg de 15 metros, com um lado inclinado, no qual podíamos encostar. Lentamente colocamos os barcos de lado na borda da imensa pedra branca e iniciamos nossa exploração, um de cada vez. Patinando pela superfície lisa de gelo molhado, fomos subindo. (...)
"Chegamos ao topo depois de algumas escorregadas e mais patinadas e nos deslumbramos com visual do enorme glaciar escorrendo entre as montanhas ao fundo e a nossa ilha de gelo com Guru e La Samba em primeiro plano.
"Aqui fomos muito bem tratados, como sempre, pelos chilenos. Os novos amigos guarda-parques Juan e Alfredo fizeram de tudo para nos atender. A hospitalidade deles fazia com que nos sentíssimos em casa e jogamos muita conversa fora durante estas duas noites em suas cabanas.
"Amanhã (22) partiremos para a outra borda do lago, algumas milhas para o sul. Ali iremos procurar um antigo caminho que liga a Laguna San Rafael ao Golfo de Penas, cruzando Ofqui. Muitos falam que é possível e que seria a melhor forma de evitar o lado de fora do temível Golfo de Penas e também diminuir muito o trajeto. Só saberemos chegando lá.
"A passagem não é tão simples, já que exige tirar os barcos da água, retirar toda a carga, empurrá-los por terra e por um charco por 2 km (um barco por vez e depois a
carga), montar tudo novamente, navegar por um trecho de pântano, encontrar o rio Negro, navegar 30 milhas (54 km) corrente abaixo e finalmente desembocar na baia de San Quintin, no Golfo de Penas. Tudo isso debaixo desta chuva que não pára.
"Bem essa é a próxima etapa antes de encontrar Zé Eduardo e Marcelo (equipe de terra). Estamos excitados e curiosos para saber como vai ser."
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