27/06/2003 - 15h51

Festa junina invade todos os espaços em Aracaju

LÍVIA MARRA
enviada especial a Aracaju

Os tão esperados festejos juninos em Aracaju (SE) são comemorados com o Forró Caju, em bairros --com arraiais-- e de uma forma bem pitoresca: dançando em uma jardineira, a chamada "Marinete do Forró". Isso faz com que a cidade respire o ar de festa junina.

Para lembrar os santos festejados --Santo Antônio, São João e São Pedro-- as ruas são enfeitadas com bandeirinhas e fogueiras podem ser vistas nas portas das casas.

A tradicional rua São João, no bairro Santo Antônio (zona norte), abriga um "quadrilhódromo", com direito a concurso de quadrilhas, todas caracterizadas e preocupadas com a pontuação.

É também da rua São João que saiu, no dia 24, o típico casamento caipira. Cavalos e carroças enfeitadas e com "convidados" animados acompanham os "noivos", que desfilam pelas ruas da região, também em uma carroça.

Marinete

É difícil ficar parado dentro de um ônibus que transporta forrozeiros e é todo enfeitado com bandeirinhas. O veículo não serve para transporte de passageiros, mas é ideal para quem busca diversão. A chamada "Marinete do Forró" desfila pelas ruas de Aracaju levando turistas e amantes do forró.

Os bancos ficam vazios. Já o interior do ônibus se transforma em uma pista de dança, enquanto um trio pé-de-serra se diverte em tocar e cantar.

A "Marinete" sai há três anos, sempre nesta época. Até dia 29, o ponto de partida é o Hotel Parque dos Coqueiros, na praia de Atalaia, sempre às 15h. Neste ano, o passeio é gratuito.

Levando também um guia, o veículo passa pelos hotéis e pára nos principais pontos turísticos: Mirante da 13 de Julho, Colina do Santo Antônio, mercados centrais da cidade e galeria de Artes Álvaro Santos.

Exposições

Exposições culturais também marcam os festejos juninos em Aracaju. Em uma delas, na Galeria de Artes Álvaro, ocorre até dia 29 a exposição de telas "São João é Tradição e Alegria", do artista plástico Joel Dantas.

"As telas mostram as manifestações espontâneas, como a guerra de espadas [fogos de artifício], tradicional em Estância [cidade a cerca de 70 km de Aracaju]. É a força da cultura. É gostoso perceber essa autenticidade", disse o diretor da galeria, Antônio da Cruz, 46.

A inauguração da mostra foi interativa. Com forrozeiros, claro, e com bombinhas juninas espalhadas pelo chão da galeria explodiam e faziam barulho enquanto as pessoas andavam.

No Mirante 13 de Julho, o turista pode acompanhar a exposição "Comemorações Juninas: Tradição Secular em Aracaju", que reproduz em painéis notícias antigas de jornais sobre o tema e exibe artesanatos.

A jornalista Lívia Marra viajou a convite da Prefeitura de Aracaju

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