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24/11/2003 - 03h23

Unesco tem ajuda para conter fim de moai

da Reuters

A companhia alemã Maar Denkmalplflege fechou um contrato com a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) de US$ 11,5 milhões para conservar, a partir de 2005, com substâncias químicas os grandes e misteriosos moai (estátuas) da ilha de Páscoa, pertencente ao Chile.

As substâncias devem proteger as estátuas da umidade e estancar as suas rachaduras, que têm aumentado nos últimos anos.

O projeto se soma a um programa japonês de US$ 600 mil para proteger das intempéries alguns moai, incluindo os 15 mais famosos, localizados na plataforma de Tongariki, na praia de Anakena.

De origem desconhecida, as estátuas são a principal atração turística do arquipélago da Polinésia e sua deterioração vem preocupando as autoridades locais.

"Algo precisa ser feito imediatamente. Se os moai forem destruídos, a ilha será destruída também porque sem turismo essa ilha não é nada", afirmou um dos diretores da Unesco Franceso di Castri, especialista em Rapa Nui, como é chamada a ilha pelos nativos.

A ação do vento e da chuva, além de terremotos e maremotos, contribuiu para causar estragos nas estátuas, mas o primeiro a provocar danos foi o homem.

Foram os próprios nativos que colocaram alguns dos moai abaixo em guerras tribais. Os europeus, que chegaram à ilha em 1800, aceleraram a deterioração ao trazerem ovelhas, cavalos e vacas, que pastavam e pisavam nas estátuas caídas. Em 1900, alguns turistas as quebraram.

"É impossível controlar os animais e as pessoas", afirma o guarda do parque Carlos Salinas, que está aprendendo a ser mais rígido com os turistas.

"Algumas vezes eles [guardas] vão longe demais. Não deixam você nem tirar uma foto do lado [dos moai]", reclama um turista espanhol em visita aos 15 moai da plataforma de Tongariki.

O charme dos moai --e o duplo enigma sobre a origem arqueológica e os métodos de engenharia usados para mover as estátuas, que pesam 90 toneladas e medem até 22 m-- leva 20 mil turistas por ano à ilha de Páscoa e gera uma receita de US$ 3 milhões nesse remoto local do Pacífico Sul.
 

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