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15/12/2003 - 04h34

Aliança investe em venda mundial de bilhetes eletrônicos

do enviado especial da Folha de S.Paulo a Tóquio

Máquinas que vendem bilhetes eletrônicos, os e-tickets, que são virtuais (o passageiro não precisa de papel), devem ser adotadas pela Star Alliance mundialmente até o final de 2004, segundo Wolfgang Mayhuber, membro da direção da Lufthansa, presente no evento da aliança realizado no Japão no início deste mês. Para tanto, as empresas do pool investem em equipamentos que ganharão visibilidade nos aeroportos.

Com um faturamento anual que deve totalizar US$ 70,4 bilhões, a Star Alliance, pioneira em iniciativas do gênero, deve terminar 2003 tendo transportado 314 milhões de passageiros, empregando, nas 15 companhias aéreas que a compõem, 259.114 pessoas e operando 2.272 aviões.

Cenário global

Num cenário de conjunturas mundiais bastante adversas nos últimos três anos, as alianças lutam para crescer e, assim, desenvolvem novos produtos.

A concorrência feroz entre elas --Star Alliance, OneWorld e SkyTeam, que recentemente ganhou parceiros-- tem garantido ao passageiro que a lei da oferta e da procura funcione e resulte em tarifas que, ao longo do tempo, têm declinado em moeda forte.

Cada companhia tem procurado driblar problemas locais --a United, por exemplo, está lançando uma empresa subsidiária do tipo "low fare, low cost" (tarifa baixa, custos baixos), a Ted, cuja marca deriva das três últimas letras que compõem seu nome.

Globalmente, entre os obstáculos que as alianças têm enfrentado, há a situação do mercado norte-americano, abalado desde os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, as guerras que ocorreram no Afeganistão e no Iraque e o efeito da Sars (sigla em inglês para síndrome respiratória aguda grave), que afetou as viagens à Ásia no início deste ano.

A Star Alliance, em particular, vê oportunidades de negócios e de conquistar novos membros na China, onde pode ganhar a parceria da Air China, e na Rússia, outro mercado mundial emergente.

Ainda no horizonte dos negócios no setor aéreo mundial, especula-se que a New Zealand e a australiana Qantas podem se associar, criando um pólo significativo na Oceania, área do mundo relativamente isolada.

No continente africano, onde a malha de rotas aéreas é bastante reduzida, a South African Airways (SAA), que atua em regime de vôos compartilhados ("code-share") com a Varig, é vista como parceira cobiçada, pois opera vôos para o norte da África e para a Europa.

Novos jatos regionais

As alianças também têm sugerido à indústria aeronáutica internacional que desenvolva produtos específicos.

Segundo Robet Milton, presidente da Air Canada, no evento em Tóquio, "a Star Alliance definiu, ainda em 1997, que escolheria fabricantes de jatos capazes de desenvolver aviões para entre 70 e 110 passageiros".

O resultado da política descrita por Milton foi a habilitação pela aliança de quatro fabricantes: a Embraer, que desenvolveu os modelos ERJ-170 e ERJ-190; a canadense Bombardier, concorrente renhida da mencionada brasileira, que lançou os CRJ-700 e CRJ-900; a européia Airbus, montadora do modelo A-318; e a norte-americana Boeing, que criou para a aliança o modelo B-717.

Disputa acirrada

Num universo em que as três alianças devem rivalizar asa a asa, já em 2004, a busca de parceiros que são líderes regionais ganha foros de hipercompetição.

As associações de companhias aéreas também têm buscado o reconhecimento da mídia especializada e, assim, a Star Alliance divulga mundialmente o fato de ter sido premiada, neste mês, como melhor aliança pela revista "Business Traveller", que também considerou o Mileage Plus, da United Airlines, como o melhor programa de milhagens.
 

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