Publicidade
Publicidade
12/07/2004
-
06h35
da Folha de S.Paulo, na Argentina
Decidir atravessar os 1.680 km que separam Buenos Aires de Bariloche em um ônibus pode adicionar um tempero de aventura à viagem. Vale também pela paisagem e pelo baixo custo em detrimento do conforto e da rapidez de um avião. São até 22 horas de viagem com no máximo três paradas, mas há companhias que fazem o caminho em 18 horas, conforme a rota. As passagens custam até 70 pesos (aproximadamente o mesmo valor em reais).
A opção vem se tornando comum entre mochileiros de olho em paisagens diferentes e baixo custo. Após a saída de Buenos Aires, o cenário dos pampas argentinos se estende plano por muitos quilômetros. A estrada é reta até se perder de vista. É possível contar nos dedos das mãos quantas curvas há em todo o trecho.
De vez em quando surge um rebanho e, a cada quilômetro, uma árvore solitária. Apenas duas horas após a saída, já quase não se vêem pessoas ou casas. E outros carros também são raros.
A companhia tenta entreter os passageiros com filmes, mas a maioria prefere assistir à paisagem que passa. Mesmo os ônibus mais simples são bastante confortáveis, equipados com banheiro, aparelhos de televisão e chá a bordo. Aos poucos o sol vai descendo até desaparecer, desenhando uma faixa laranja no horizonte baixo. Nesse momento, o céu ganha um tom quase roxo.
Pela manhã o cenário muda completamente: o deserto da Patagônia perde-se no horizonte. Não há mais árvores ou animais de grande porte, e a estrada rasga uma terra seca, salpicada por algumas poucas gramíneas.
Até mesmo o asfalto parece empoeirado. Surgem alguns montes baixos, que aos poucos vão aumentando de tamanho e freqüência, aproximando os passageiros das cordilheiras. Com sorte e céu claro, surge pela janela a primeira cadeia de montanhas coberta de neve. Ainda muito longe e azulada pela distância.
A partir daí elas aparecem uma atrás da outra, e o ônibus mergulha entre os montes em busca dos primeiros lagos, até chegar ao grande Nahuel Huapi, onde está Bariloche, emoldurada por picos nevados. É, sem dúvida, a maneira mais bonita de chegar à cidade.
Leia mais
Bariloche espera 12 mil brasileiros
Paisagem se supera em giro por cerros de Bariloche
Chocolate e chá temperam a estação de Bariloche
Pacotes para Bariloche
Passe único oferece mais área esquiável
Especial
Veja galeria de fotos de Bariloche
Arquivo: Veja o que já foi publicado sobre Bariloche
Paisagem entre Buenos Aires e Bariloche compensa 22 h de ônibus
MARCELO PLIGERda Folha de S.Paulo, na Argentina
Decidir atravessar os 1.680 km que separam Buenos Aires de Bariloche em um ônibus pode adicionar um tempero de aventura à viagem. Vale também pela paisagem e pelo baixo custo em detrimento do conforto e da rapidez de um avião. São até 22 horas de viagem com no máximo três paradas, mas há companhias que fazem o caminho em 18 horas, conforme a rota. As passagens custam até 70 pesos (aproximadamente o mesmo valor em reais).
A opção vem se tornando comum entre mochileiros de olho em paisagens diferentes e baixo custo. Após a saída de Buenos Aires, o cenário dos pampas argentinos se estende plano por muitos quilômetros. A estrada é reta até se perder de vista. É possível contar nos dedos das mãos quantas curvas há em todo o trecho.
De vez em quando surge um rebanho e, a cada quilômetro, uma árvore solitária. Apenas duas horas após a saída, já quase não se vêem pessoas ou casas. E outros carros também são raros.
A companhia tenta entreter os passageiros com filmes, mas a maioria prefere assistir à paisagem que passa. Mesmo os ônibus mais simples são bastante confortáveis, equipados com banheiro, aparelhos de televisão e chá a bordo. Aos poucos o sol vai descendo até desaparecer, desenhando uma faixa laranja no horizonte baixo. Nesse momento, o céu ganha um tom quase roxo.
Pela manhã o cenário muda completamente: o deserto da Patagônia perde-se no horizonte. Não há mais árvores ou animais de grande porte, e a estrada rasga uma terra seca, salpicada por algumas poucas gramíneas.
Até mesmo o asfalto parece empoeirado. Surgem alguns montes baixos, que aos poucos vão aumentando de tamanho e freqüência, aproximando os passageiros das cordilheiras. Com sorte e céu claro, surge pela janela a primeira cadeia de montanhas coberta de neve. Ainda muito longe e azulada pela distância.
A partir daí elas aparecem uma atrás da outra, e o ônibus mergulha entre os montes em busca dos primeiros lagos, até chegar ao grande Nahuel Huapi, onde está Bariloche, emoldurada por picos nevados. É, sem dúvida, a maneira mais bonita de chegar à cidade.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- De centenárias a modernas, conheça as 10 bibliotecas mais bonitas do mundo
- Legoland inaugura parque temático de artes marciais com atração 3D
- Na Itália, ilha de Ischia é paraíso de águas termais e lamas terapêuticas
- Spa no interior do Rio controla horário de dormir e acesso à internet
- Parece Caribe, mas é Brasil; veja praias paradisíacas para conhecer em 2017
+ Comentadas
Sobre a Folha | Expediente | Fale Conosco | Mapa do Site | Ombudsman | Erramos | Atendimento ao Assinante
ClubeFolha | PubliFolha | Banco de Dados | Datafolha | FolhaPress | Treinamento | Folha Memória | Trabalhe na Folha | Publicidade
Copyright Folha.com. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicaçao, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folha.com.