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09/12/2004 - 09h01

NY: Metrópole se apruma para o fim do ano

LUCIANA COELHO
da Folha de S.Paulo, em Nova York

Nova York se prepara com entusiasmo para sua melhor temporada de fim de ano desde 2001, quando os atentados terroristas do 11 de Setembro espantaram os turistas americanos e estrangeiros. Hotéis cheios, vôos lotados e vários ônibus turísticos apinhados de gente mesmo sob um frio de 2C surpreenderam até quem vive aqui há tempo.

Luciana Coelho/Folha Imagem
Passeio de metrô oferece algumas das melhores vistas da cidade de Nova York

Como todos os anos, os primeiros vestígios de decoração natalina surgiram em novembro, antes mesmo de os americanos celebrarem o Dia de Ação de Graças -o feriado mais tradicional do país, que desta vez caiu no dia 25.

No dia 30, o que é talvez o símbolo mais tradicional do Natal na cidade, a árvore do Rockefeller Center, foi aceso. Dois dias depois, o Empire State Building, normalmente iluminado nas cores da bandeira dos EUA -azul, vermelho e branco- transmutou-se em verde e vermelho. Na Quinta Avenida com a rua 59, foi acesa a maior menorah do mundo, para celebrar o feriado judaico do Hanukah, que, neste ano, começou ontem e vai até o dia 15.

Pela cidade, eclodem mercados natalinos. Abertos até o início de janeiro, são uma boa oportunidade para comprar peças artesanais que fogem à produção em massa institucionalizada nos EUA. Os preços são os mesmos da lojas, mas a qualidade e a originalidade dos artigos compensam. O maior (e melhor) é o da Union Square, mas também há no Bryant Park e no Columbus Circus.

Outra atração de fim de ano são as pistas de patinação. Esqueça a famigerada -e superlotada- pista do Rockefeller Center. Com o famoso anjinho dourado ao fundo, ela certamente vale uma foto. Mas para quem gosta mesmo de andar de patins, o melhor é ir para o Lasker Rink (rua 107) ou para o Wollman Rink (na 63).

As pistas ficam no Central Park e oferecem uma vista privilegiada. A entrada custa de US$ 4,50 (no rinque Lasker) a US$ 11 (adultos, no fim de semana, no Wollman). O aluguel de patins sai por US$ 4,75, e há instrutores à disposição.

Para os eventos culturais, compre em qualquer banca, a revista "Time Out". Trata-se de um guia detalhado de tudo o que está acontecendo na cidade -shows, peças, filmes, restaurantes, passeios-, incluindo eventos gratuitos (na última semana, eram listados 219 deles). Também não deixe de consultar o site da Prefeitura de Nova York (www.nyc.gov), que traz desde as atrações tradicionais até locais onde estão acontecendo filmagens de TV e cinema.

Revitalização

Se a idéia é fugir de lugares turísticos, nem por isso você deve perder os cartões-postais da cidade, um belo programa é visitar o Battery Park. No sul da ilha, ele fica próximo do centro financeiro onde ficava o World Trade Center. À beira-rio, avista-se a estátua da Liberdade de longe. Se o tempo permitir, não deixe de atravessar a ponte do Brooklyn a pé. Siga de metrô (linha A ou C, sentido Brooklyn) até High Street e volte caminhando para Manhattan. Serão 20 minutos memoráveis.

A parte sul da ilha, aliás, está passando por uma revitalização, com uma campanha para atrair novas firmas e moradores.

O lugar onde estava o WTC ainda é um imenso buraco, cercado de arame, onde as primeiras estruturas começando a subir podem ser observadas. No entorno, fotos contam a história das torres gêmeas que ruíram no 11 de Setembro. Vendedores tentam faturar oferecendo livros com fotos dos escombros.

O melhor ponto de observação do memorial que está subindo ali é subterrâneo. É preciso descer na estação WTC do Path, o trem que leva para Nova Jersey. Pegue a linha para Newark ou Hoboken e desça na primeira estação, Exchange Place. Na volta, o trem contorna toda a construção, por baixo. A viagem dura oito minutos entre ida e volta e custa US$ 3.

Outra cidade

Quem já esteve em Nova York antes saberá que alguma coisa mudou. Nem tanto na paisagem, mas muito nos nova-iorquinos. Conhecidos no país sob a pecha de arrogantes e mal-educados, eles estão mais afáveis, mais solícitos, mais civis. Às vezes até puxam conversa, soltam um sorriso, oferecem ajuda. O serviço em lojas e restaurantes também melhorou sensivelmente.

É um jeito de resgatar a normalidade, após três anos vivendo sob uma nuvem de medo e ameaças constantes bombardeadas pelos noticiários de TV e pelo próprio governo. Não se deixe enganar. A cidade aprendeu a conviver com suas vulnerabilidades e está mais receptiva do que nunca.

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