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24/03/2005 - 09h00

Edifícios históricos valorizam Assunção

HELOISA LUPINACCI
da Folha de S. Paulo, no Paraguai

Sem as vantagens de uma metrópole, Assunção é uma capital com cara de interior. Ali não se vêem cinemas e o agito é pouco: há apenas uma danceteria mais ou menos badalada. O principal pólo urbano paraguaio tem, com as cidades-satélites de seu entorno, 1 milhão de habitantes.

Embora não pareça um lugar atraente, Assunção não merece ser desprezada. A segunda capital mais antiga da América, fundada em 1537, cuida de seus prédios históricos na medida do possível. Hoje, no centro velho de Assunção, não se pode alterar nenhuma construção. O resultado é que 40% da região é formada por edifícios históricos.

Um dos mais interessantes é a casa da Independência. Erguida em 1772, ali aconteciam as reuniões secretas em que se conspirava contra o governo espanhol e a favor da independência do Paraguai. Foi dali que saíram os homens liderados pelo capitão Pedro Juan Caballero que, na madrugada de 14 para 15 de maio de 1811, foram até a sede de governo exigir a saída dos governantes espanhóis. A casa pertencia aos irmãos Pedro Pablo e Sebastián Antonio Martínez Sáenz e foi restaurada em 1961. Hoje está aberta à visitação. Ali está reproduzido o ambiente daquela época. Descobrem-se hábitos interessantes, como a maneira usada para refrescar o clima. O pé direito alto era aliado a um chão de lajotas de barro, constantemente molhado para que ficasse úmido. Com a evaporação da água, mantinha-se o lugar sempre fresquinho.

A arquitetura colonial também pode ser observada na casa Viola, que fica em frente ao Palácio do Governo, e na casa de La Cultura, um antigo casarão de jesuítas. O Palácio do Governo não pode ser visitado por dentro, mas sua fachada guarda curiosidades. A primeira delas é que a construção não tem frente nem costas. Alguns acham que a frente dá para a rua 14 de Mayo; outros, que ela dá para a baía de Assunção.

A solução encontrada pelos locais foi decidir que o palácio tem duas frentes. Mas, na da rua 14 de Mayo, observa-se que há, no lado esquerdo da fachada, uma cuidadosa decoração em cada coluna. Do lado direito, a decoração não foi feita. Isso porque o palácio começou a ser construído em 1860 para servir de residência ao líder paraguaio Solano López, mas a Guerra do Paraguai (1864-1870), que lá se chama Guerra da Tríplice Aliança, paralisou as obras.

O palácio foi tomado pelo Exército brasileiro, que lá fincou a bandeira do Brasil, fazendo que a primeira bandeira hasteada no palácio paraguaio fosse a nossa.

Se a visita às instalações do palácio não é permitida, o turista pode entrar na casa Viola, também chamada de Manzana de la Riviera, para visitar sua galeria de arte e sua biblioteca. No fim da tarde, mesas são colocadas no terraço da casa, que vira quase um quintal. Dali se vê a frente do Palácio do Governo que dá para a rua.

Outra curiosidade de Assunção é a localização de sua única favela, chamada de chacarita: ela é vizinha do Palácio do Governo.
Ela também pode ser vista das janelas do Centro Cultural da República, prédio que guarda uma miscelânea de acervos, com arte indígena, música, arte contemporânea e arte religiosa.

Em outra área, já distante do centro, fica o museu de Barro. O local tem um bom acervo de imagens de santos, de máscaras e de costumes indígenas, assim como de arte contemporânea paraguaia.

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