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13/06/2005 - 16h00

Alegria dos baianos leva turistas paulistanos a Salvador

CAIO VILELA
Especial para a Revista da Folha

Todo mundo diz --e, garanto, é verdade-- que baiano gosta de festa. Mas baiano gosta mesmo é de gente. E, não há remédio: toda gente gosta dos baianos. Mergulhe naquela terça-feira no Pelô, com 2.000 pessoas se acotovelando para tentar ouvir o ensaio do Olodum (porque ver, claro, é impossível). Difícil até acreditar que tem alguém ali, atrás das gigantescas caixa de som, batendo os tambores.

Quem se importa? Que digam que é programa de turista, coisa pra inglês ver. Ali, no meio da massa, dividindo a cerveja com um cara que você nunca viu, tomando um cravinho, dito afrodisíaco de virar a cabeça, e discutindo futebol, está o melhor de Salvador. Não aquela Salvador das listas de "best of...", cantada em verso e prosa --e onde brasileiro se sente um pouco estrangeiro. Mas uma outra, onde o bacana é ser ou parecer baiano.

Entendido o espírito da cidade, tome de assalto cada barraquinha de acarajé. Experimente todos --não só das estreladas Regina, Cira, Dinha--, faça amigos na fila, trocando conversa fiada. E mais importante: queime a língua com pimenta.

Prove um escaldado de pitu, lambreta frita, patinha de caranguejo. Perca-se no Mercado Modelo, pergunte pra que serve cada erva, mandinga, amuleto. Visite um terreiro de candomblé, ouça que vai encontrar a mulher de sua vida e procure por ali mesmo. Toque um berimbau desajeitado na praia. Perca-se no labirinto de ruas coloniais, lotadas de manhã, de tarde e de noite. Compre muita fitinha do Bonfim para amarrar na mala e dar pra todo mundo na volta, mesmo que soe um pouco démodé.

De quebra, visite o Farol da Barra, o Elevador Lacerda, a igreja de São Francisco, o Teatro Castro Alves, as esculturas de orixás que flutuam nas águas do Dique do Tororó. Percorra tudo, da Cidade Baixa à Cidade Alta, cada cantinho de praia. Afinal de contas, você é turista.

Ao final da jornada, talvez seja possível entender porque baiano tem tanto orgulho de ser baiano. E, quem sabe, assim como aqueles franceses que batucam meio sem jeito na beira do Sena sonhando, lá no fundo, ter nascido no Senegal, muito paulistano passe a cultivar o desejo de ser um pouco baiano, com aquele ar relaxado, dando ao tempo o tempo que é necessário. Até que não é má idéia.

Serviço

Quando ir
É quente o ano inteiro. Agora, em pleno inverno, as médias estão em torno dos 26ºC. No fim deste mês, o Pelourinho se transforma num enorme arraial de São João, com música e decoração típicas. Janeiro e fevereiro são os meses mais quentes, acima de 30ºC, porém mais procurados

Quem leva

Agaxtur, tel. 3067-0900 (www.agaxtur.com.br). A partir de R$ 1.895. Inclui aéreo, traslados, sete noites em apto. duplo com café da manhã, tour e seguro-viagem.

Designer Tours, tel. 223-3799 (www.designertours.com.br). A partir de R$ 1.556. Inclui aéreo, traslados, sete noites em apto. duplo com café da manhã e city tour histórico.

RCA Tours, tel. 3017-8700 (www.rcatours.com.br). A partir de R$ 1.302. Inclui aéreo, traslados, sete noites em apto. duplo com passeio pela parte histórica.

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