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28/06/2005
-
14h40
Cerca de 50 anos depois do caso Rosa Parks --uma negra que se negou a dar o lugar para um branco no ônibus--, que desencadeou a luta pelo fim da segregação racial, o Alabama usa seu passado racista como atração turística.
Durante muito tempo, os turistas só iam ao Estado visitar campos de batalha da guerra civil americana. Nos últimos anos, no entanto, apareceu por lá outro tipo de turismo. Os visitantes de Montgomery, cidade onde Martin Luther King liderou o movimento pelos direitos dos negros, podem conferir parte dessa história em diversos pontos turísticos.
O museu Rosa Parks, aberto recentemente, lembra a briga desta mulher, costureira de profissão, com o ônibus de assentos "reservados para brancos" na parte central. Os visitantes também podem assistir a filmes que contam como era a vida dos negros na época da segregação racial.
Os turistas visitam a igreja batista da avenida Dexter, onde Luther King pregava entre 1954 e 1960. Além disso, há o Civil Rights Memorial, onde estão escritos os nomes de 40 mártires da causa em uma placa de mármore.
O Alabama tem fortes raízes racistas. O lema de George Wallace, um de seus governadores, era: "segregação agora, segregação amanhã, segregação para sempre".
Ao norte de Montgomery fica Birmingham, considerada por Luther King "a cidade mais racista dos Estados Unidos".
Durante os anos 60, uma série de agressões contra os negros fez com que fosse conhecida como "Bombingham". A pior delas foi o atentado a bomba contra uma igreja batista, em setembro de 1963, que matou quatro meninas.
A alguns quilômetros ao sul de Birmingham fica Selma: em 1965, os 500 participantes de uma marcha pacífica rumo a Montgomery foram bombardeados com gás lacrimogêneo e depois violentamente espancados pela polícia.
Três semanas depois, Luther King conseguiu juntar 25 mil pessoas em uma nova marcha rumo à capital do Estado, pedindo o direito ao voto. Quatro meses depois, o presidente Lyndon Johnson assinou uma lei garantindo que os negros não fossem impedidos de se inscrever nas listas eleitorais.
Em Selma, o "Museu do Direito ao Voto" exibe fotos e cartas dos militantes que conseguiram fazer com que as regras das eleições fossem alteradas.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre segregação racial
Alabama usa passado racista como atração turística
da France PresseCerca de 50 anos depois do caso Rosa Parks --uma negra que se negou a dar o lugar para um branco no ônibus--, que desencadeou a luta pelo fim da segregação racial, o Alabama usa seu passado racista como atração turística.
Durante muito tempo, os turistas só iam ao Estado visitar campos de batalha da guerra civil americana. Nos últimos anos, no entanto, apareceu por lá outro tipo de turismo. Os visitantes de Montgomery, cidade onde Martin Luther King liderou o movimento pelos direitos dos negros, podem conferir parte dessa história em diversos pontos turísticos.
O museu Rosa Parks, aberto recentemente, lembra a briga desta mulher, costureira de profissão, com o ônibus de assentos "reservados para brancos" na parte central. Os visitantes também podem assistir a filmes que contam como era a vida dos negros na época da segregação racial.
Os turistas visitam a igreja batista da avenida Dexter, onde Luther King pregava entre 1954 e 1960. Além disso, há o Civil Rights Memorial, onde estão escritos os nomes de 40 mártires da causa em uma placa de mármore.
O Alabama tem fortes raízes racistas. O lema de George Wallace, um de seus governadores, era: "segregação agora, segregação amanhã, segregação para sempre".
Ao norte de Montgomery fica Birmingham, considerada por Luther King "a cidade mais racista dos Estados Unidos".
Durante os anos 60, uma série de agressões contra os negros fez com que fosse conhecida como "Bombingham". A pior delas foi o atentado a bomba contra uma igreja batista, em setembro de 1963, que matou quatro meninas.
A alguns quilômetros ao sul de Birmingham fica Selma: em 1965, os 500 participantes de uma marcha pacífica rumo a Montgomery foram bombardeados com gás lacrimogêneo e depois violentamente espancados pela polícia.
Três semanas depois, Luther King conseguiu juntar 25 mil pessoas em uma nova marcha rumo à capital do Estado, pedindo o direito ao voto. Quatro meses depois, o presidente Lyndon Johnson assinou uma lei garantindo que os negros não fossem impedidos de se inscrever nas listas eleitorais.
Em Selma, o "Museu do Direito ao Voto" exibe fotos e cartas dos militantes que conseguiram fazer com que as regras das eleições fossem alteradas.
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