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31/07/2005 - 10h50

Plano de assistência vira exigência para entrar na França e Alemanha

MAYRA STACHUK
da Revista da Folha

Doença não combina com viagem. Hoje, todos os imprevistos que poderiam tirar o humor do turista podem estar inclusos nos planos de assistência, desde perna quebrada ou dor de dente aguda até extravio da bagagem ou perda do passaporte. Apesar disso, 60% das pessoas que viajam para o exterior não contratam nenhum tipo de assistência. O que pode ser um problema no caso do seguro-saúde: dependendo do destino escolhido, ele virou obrigação.

Na França, por exemplo. Desde novembro do ano passado, o país passou a exigir de turistas brasileiros, logo no desembarque, um comprovante de seguro com cobertura mínima de 30 mil euros (cerca de R$ 85 mil). A norma está prevista no acordo de Schengen, datado de 1991, que estipula, entre outros, o trânsito livre de cidadãos da União Européia entre alguns países que integram o bloco. Mas somente em 2004 passou a ser aplicada. Quem chegar sem essa cobertura mínima e for parado na alfândega, pode enfrentar problemas.

A Alemanha também está fazendo a exigência, segundo a Comissão Européia de Turismo. Por enquanto, os outros países que compõem o acordo (Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, Grécia, Holanda, Islândia, Itália, Luxemburgo, Noruega, Portugal e Suécia) estão apenas recomendando o seguro, mas podem passar a exigi-lo a qualquer momento. Se o destino for um desses lugares, consulte seu agente de viagens.

No caso de Espanha, Itália e Portugal, um acordo bilateral com o Brasil permite que o turista seja atendido na rede pública de saúde, desde que apresente um comprovante de inscrição no INSS: pode ser a carteira de trabalho, o extrato ou, no caso dos autônomos, o recibo de pagamento das últimas três contribuições.

Se o destino planejado for países da África, Ásia ou América do Sul, a assistência torna-se importante por outros motivos. "Todo mundo está exposto a riscos mais específicos em algumas regiões, como contaminação de doenças por meio da água ou de alimentos ou pelo contato com animais silvestres", explica a infectologista Melissa Mascheretti, do Ambulatório do Viajante do Hospital das Clínicas.

Por isso, além das vacinas necessárias, ela sempre recomenda o seguro-saúde. Na maioria dos países, segundo ela, o viajante tem de pagar pelo atendimento mesmo na rede pública, e uma simples consulta pode sair bem mais cara do que uma cobertura para as férias inteiras.

Grande parte das agências de turismo oferece o seguro-saúde, incluído no preço do pacote e em geral básico, com cobertura médica, odontológica, jurídica e verba para medicamentos. Cinco dias de assistência saem por cerca de US$ 50 (por volta de R$ 117). Mas o viajante pode escolher os planos de acordo com o que está disposto a pagar e com as garantias que quer ter.

Algumas operadoras de cartões de crédito oferecem um plano de assistência de viagem gratuita para seus associados. Em geral, as coberturas não são grandes, mas, dependendo do destino, são suficientes. O Club Assistence, da Dinners Club, por exemplo, oferece assistência médica no exterior de até US$ 4.000 e odontológica de até US$ 500.

Por fora

Quem viaja por conta própria pode comprar o seguro das mesmas empresas que trabalham em parceria com as agências. Em geral, eles são contratados por um período mínimo de cinco dias e máximo de 12 a 18 meses.

Se o turista resolver prolongar a viagem na última hora, pode renová-los ou comprar diárias adicionais. Fique atento a todos os detalhes, inclusive às restrições, como o limite de idade, que costuma ser de 70 anos.

Quem vai praticar esportes radicais deve procurar uma assistência que cubra os riscos a que vai se expor. Há planos específicos para esses casos e, em determinadas empresas, podem incluir até a remoção aérea.

A Travel Ace, multinacional especializada em assistência para viajantes, criou recentemente um plano específico para a Europa, atendendo às exigências do acordo de Schengen. "Como o tratado não definiu se os E 30 mil são para cobertura de acidentes ou doenças, nosso plano cobre US$ 50 mil (cerca de R$ 117 mil) em ambos os casos e garante tranqüilidade total ao turista", explica Evandro Corrêa, diretor comercial. Custa US$ 84 (cerca de R$ 196) por cinco dias. Propostas semelhantes podem ser encontradas em outras empresas.

Como funcionam os planos de assistência

Tipo: Básico
Quanto custa: de US$ 48 a US$ 100
O que cobre: Atendimento médico-hospitalar até cerca de US$ 10 mil, consultas odontológicas, assistência jurídica, medicamentos e repatriação por morte

Tipo: Intermediário
Quanto custa: de US$ 76 a US$ 110
O que cobre: Atendimento médico-hospitalar até cerca de US$ 70 mil, atendimento odontológico, assistência jurídica, medicamentos, serviço de localização de bagagem, reembolso com gastos por atraso de vôo, repatriação por morte, auxílio em caso de perda de passaporte ou cartão de crédito

Tipo: Completo
Quanto custa: de US$ 88 a US$ 210
O que cobre: Atendimento médico-hospitalar até cerca de US$ 250 mil, cobertura de doenças preexistentes, dentistas, assistência jurídica, recuperação e indenização por perda de bagagem, auxílio em perda de passaporte ou cartão de crédito, traslado por enfermidade ou acidente, repatriação por morte, garantia de regresso, no caso de roubo de passagem

SERVIÇO:
Ambulatório do Viajante do Hospital das Clínicas, tel. 0/xx/11/3069-6392
Assist Card: www.assist-card.com
Isis: www.stb.com.br
Travel Ace: www.travelace.com.br

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