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08/12/2005 - 13h49

Minas Gerais ganha museu de artes e ofícios

PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizente

A capital mineira ganhará na próxima semana um museu inédito no país e com um charme incomum. É o Museu de Artes e Ofícios, montado em dois prédios históricos restaurados (1922) da praça da Estação, onde fica a estação central do metrô de superfície e por onde circulam os trens de carga da Vale do Rio Doce.

O tema dos ofícios e do trabalho realizado no país desde o século 18, mostrado a partir das ferramentas, maquinários rústicos e das indumentárias das pessoas que exerciam as atividades, poderá ser visto e apreciado em meio à circulação dos trens.

Entre um prédio e outro do museu estão as linhas férreas. Elas foram separadas do museu, tanto de um lado quanto do outro, por um espesso vidro, de maneira que quem está na plataforma central do metrô consegue observar parte das exposições nas galerias.

O acesso do prédio principal para o segundo prédio é feito por uma passagem subterrânea, sob as linhas dos trens.

O custo do museu foi de R$ 18 milhões. Foi financiado por empresas públicas e privadas. A área total é de 9.200m2.

O museu é um sonho antigo da empresária e empreendedora cultural Angela Gutierrez, 55, que herdou do pai, Flávio Gutierrez, vários objetos que contam a história de muitos ofícios.

Cerca de 10% das 2.200 peças, que serão doadas ao Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), foram colecionadas pelo empresário.

Com a morte dele, em 1984, Angela deu seqüência à coleção. Freqüentadora assídua de ferros-velhos, ela foi adquirindo peças pelo país, comprando ou recebendo doações, até que, há sete anos, após criar em Ouro Preto o Museu do Oratório, decidiu trabalhar pelo museu de artes e ofícios.

Com projeto do arquiteto e museógrafo francês Pierre Catel, amigo de Angela, o museu mostrará ao visitante, por exemplo, o material usado pelos dentistas ambulantes nos séculos 19 e 20 --desde a cadeira desmontável que viajava em uma mala sobre o lombo de um cavalo até as fôrmas de dentaduras.

As histórias poderão ser conhecidas também por meio de instalações multimídia. Sobre cada ofício mostrado há um computador para o visitante acessar.

O primeiro tema da exposição trata do ofício de transportes, pelo qual são focados os tropeiros, os canoeiros e barqueiros, os vendedores de rua, os dentistas ambulantes e os mascotes --precursores dos caixeiros viajantes.

O museu será inaugurado pelo ministro Gilberto Gil (Cultura) na próxima quarta-feira, mas o público só terá acesso a partir do dia 10 de janeiro. O ingresso ao museu vai custar R$ 2 e R$ 4. Aos sábados as visitas serão gratuitas.

Mais informações pelo site www.mao.org.br.

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