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26/03/2001 - 10h29

Aproveite Cancún vazia e mais barata na baixa temporada

da Folha de S.Paulo


Desfrutar Cancún sem ter de enfrentar milhões de turistas e ainda gastar em torno de R$ 2.000 em uma semana é possível a partir deste mês.

Com o início da baixa temporada -que vai até junho-, o balneário mexicano fica livre dos estudantes norte-americanos, que invadem o local durante as férias, e dos preços exorbitantes. Sobram a beleza das praias, o mar azul do Caribe e o sol, que brilha o ano inteiro.

Não é à toa que a cidade, que na verdade é uma ilha ligada ao continente por meio de duas pontes, é chamada de Miami mexicana. Em Cancún, há quatro shoppings, 140 hotéis, 350 restaurantes e uma agitada vida noturna.

Engana-se quem pensa que os turistas brasileiros são maioria. Mais da metade (65%) é constituída por norte-americanos. Os demais são mexicanos e argentinos.

Um dos principais programas em Cancún são as compras. As ruas da zona comercial e os shoppings chegam a ficar tão cheios quanto as praias. As marcas mais sofisticadas do mundo estão ali, assim como as tradicionais redes de fast-food norte-americanas.

Nesta época do ano, há ofertas de pacotes com hospedagem, pensão completa e passagem aérea com preço médio de R$ 2.000. O que pode encarecer a viagem são pequenos prazeres, como tomar uma marguerita (bebida feita com tequila e suco de limão) na praia - US$ 4,50-, e a vida noturna. Para entrar numa danceteria, paga-se de US$ 10 a US$ 20.

Há quem viaje a Cancún atrás da badalação noturna. Casas como a Christine, com música americana dos anos 70 e 80, e Coco Bongo, com o repertório mais eclético e pop da região (Ricky Martin, Village People, Shakira e músicas de trilhas de filmes) estão localizadas na ilha e são as mais procuradas.

A empolgação cresce durante as performances que acontecem toda noite, realizadas na maioria das vezes pelos próprios garçons. Na casa noturna Coco Bongo, os barmen sobem ao balcão para imitar Tom Cruise no filme "Coquetel" (88) enquanto o filme é exibido simultaneamente em uma tela gigante. Quando os garçons descem do balcão, o local vira pista de dança.

No bar Daddy Rock, sempre por volta das 23h, os garçons deixam o serviço, agrupam-se em fila na calçada e param o público com suas coreografias ao estilo do grupo Menudo.

Também há opções para os mais comportados. A Azucar, por exemplo, comporta um público mais adulto (maiores de 25 anos). No extenso salão da casa, em cujo palco apresentam-se animadas bandas de salsa, respeita-se a velha tradição: as mulheres esperam o convite dos cavalheiros para bailar.

Sem perigo A segurança da cidade e a eficiência do serviço de transporte são peças fundamentais para sustentar o movimento noturno de Cancún. Os ônibus circulam 24 horas e passam de cinco em cinco minutos -sem atraso- em cada ponto da zona hoteleira.

As reclamações de falta de segurança são escassas entre cancunenses e turistas, mas há áreas, principalmente no centro de Cancún (no continente), que devem ser evitadas depois das 22h.

O centro, que está localizado no continente e está ligado à rede hoteleira, que fica na ilha, por uma ponte, concentra a maior parte dos seus 420 mil habitantes. Lá, pode ser encontrada a porção mais genuína mexicana de Cancún, em lojas de cerâmica, no rosto da população de traços indígenas ou mesmo nas pouco conhecidas casas noturnas, sem dúvida, mais autênticas.

A City Rock é uma delas, com suas paredes grafitadas em cores fluorescentes, público jovem animado, música eletrônica e drinques exóticos. Vale a pena experimentar a "cucaracha flameada", bebida feita à base de Cointreau, tequila e café. O líquido vem em chamas e é despejado de uma vez só na boca do cliente por meio de um funil. É necessário se esforçar para não engasgar -um pequeno show que os turistas adoram.

Bonita por natureza Tanto movimento e badalação ainda contrastam com a beleza natural da ilha, que, há 30 anos estendia-se inabitada, paralela à península de Yucatán. No passado, uma vegetação rasteira cobria as terras niveladas tanto do continente como da ilha, e servia de habitat natural de víboras (Cancún, na língua maia, significa "ninho de cobras"). O nome foi respeitado, mas as cobras já não dão as caras há tempos, para sorte dos turistas.

Ainda é possível encontrar habitantes que falam a língua maia (5% da população do Estado de Quintana Roo). Alguns deles servem de guias em pontos turísticos como Tulum, as únicas ruínas maias construídas ao longo da praia, a 131 km de Cancún.

A maioria dos guias que carregam os bandos de turistas entre as pedras da antiga civilização tem origem maia e merece a devida atenção, sobretudo quando contam histórias regionais.

Entre lendas e fatos históricos, eles relembram a tentativa de invasão espanhola no sítio dos pacíficos maias. A maior defesa dos nativos era um imenso coral que chega bastante próximo à costa. Ali, as embarcações afundavam ou tinham de voltar.

A mesma rodovia que leva ao sítio arqueológico também chega ao parque aquático Xel-Ha, que tem como principal atração o mergulho. Lá, há um canal artificial que deságua no mar, habitat de várias espécies de peixes, raias e plantas aquáticas. Pagando a entrada para o parque (US$ 50), o visitante pode passar um dia inteiro mergulhando, em contato com a fauna marinha. Xel-Ha fica a 122 km de Cancún e muito perto das ruínas maias.

Assim, o roteiro de férias fica completo: praias, compras, diversão e cultura.
 

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