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17/07/2006
-
23h17
Uma ponte em construção no parque arqueológico de Machu Picchu tem gerado divergências entre autoridades de Cuzco (sudeste do Peru) pelo impacto que causaria. A polêmica abre caminho para que a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) declare este santuário como patrimônio cultural em perigo.
A ponte é construída a oito quilômetros do complexo arqueológico de Machu Picchu, a maior atração turística do Peru, situada na serra de Cuzco, antiga capital do império inca.
"Por causa desta ponte existe o risco de que a Unesco declare o complexo como patrimônio cultural em perigo", disse nesta segunda-feira o arqueólogo Fernando Astete, chefe do Parque Arqueológico de Machu Picchu.
Isto implicaria na retirada do santuário inca da lista do patrimônio mundial da humanidade, o que significaria um duro golpe para a atividade turística no Peru.
Em junho, a Unesco enviou uma carta ao Instituto Nacional de Cultura (INC) peruano na qual expressou sua preocupação de que a construção da obra pudesse gerar "novos núcleos de povoamento que, longe de diminuir a deterioração já evidente" na região de Machu Picchu, "contribuiriam para multiplicá-lo".
A carta, assinada por Francesco Bandarín, diretor do Centro do Patrimônio Mundial da Unesco, pede o trabalho de forma coordenada com a organização para "formular quantas soluções forem factíveis para melhorar de forma urgente a frágil situação institucional em que se encontra o santuário".
A estrutura, cuja construção agora está paralisada por ordem judicial, se situa na região de Carrilluyachoc, a 8 quilômetros de Aguas Calientes, povoado situado ao pé da montanha em cujo cume fica a fortaleza de pedra de Machu Picchu.
A construção é impulsionada pelo distrito de Santa Teresa, vizinho a Machu Picchu, com o apoio de autoridades da província de La Convención e do governo regional de Cuzco. A ponte seria necessária para dar saída aos produtos agrícolas da região.
Opõem-se à sua construção o INC, o Instituto Nacional de Recursos Naturais (Inrena) e o ministério do Turismo, apoiados pela Unesco, que argumentam que a ponte é construída sem consulta às autoridades competentes e sem um estudo de impacto ambiental.
Se a ponte for concluída, novos povoados poderão surgir, pondo em risco em menos de dois anos a capacidade do complexo arqueológico e o delicado ecossistema da região que as autoridades tentam preservar a todo custo.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Machu Picchu
Construção ameaça parque arqueológico de Machu Picchu
da France Presse, em LimaUma ponte em construção no parque arqueológico de Machu Picchu tem gerado divergências entre autoridades de Cuzco (sudeste do Peru) pelo impacto que causaria. A polêmica abre caminho para que a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) declare este santuário como patrimônio cultural em perigo.
A ponte é construída a oito quilômetros do complexo arqueológico de Machu Picchu, a maior atração turística do Peru, situada na serra de Cuzco, antiga capital do império inca.
"Por causa desta ponte existe o risco de que a Unesco declare o complexo como patrimônio cultural em perigo", disse nesta segunda-feira o arqueólogo Fernando Astete, chefe do Parque Arqueológico de Machu Picchu.
Isto implicaria na retirada do santuário inca da lista do patrimônio mundial da humanidade, o que significaria um duro golpe para a atividade turística no Peru.
Em junho, a Unesco enviou uma carta ao Instituto Nacional de Cultura (INC) peruano na qual expressou sua preocupação de que a construção da obra pudesse gerar "novos núcleos de povoamento que, longe de diminuir a deterioração já evidente" na região de Machu Picchu, "contribuiriam para multiplicá-lo".
A carta, assinada por Francesco Bandarín, diretor do Centro do Patrimônio Mundial da Unesco, pede o trabalho de forma coordenada com a organização para "formular quantas soluções forem factíveis para melhorar de forma urgente a frágil situação institucional em que se encontra o santuário".
A estrutura, cuja construção agora está paralisada por ordem judicial, se situa na região de Carrilluyachoc, a 8 quilômetros de Aguas Calientes, povoado situado ao pé da montanha em cujo cume fica a fortaleza de pedra de Machu Picchu.
A construção é impulsionada pelo distrito de Santa Teresa, vizinho a Machu Picchu, com o apoio de autoridades da província de La Convención e do governo regional de Cuzco. A ponte seria necessária para dar saída aos produtos agrícolas da região.
Opõem-se à sua construção o INC, o Instituto Nacional de Recursos Naturais (Inrena) e o ministério do Turismo, apoiados pela Unesco, que argumentam que a ponte é construída sem consulta às autoridades competentes e sem um estudo de impacto ambiental.
Se a ponte for concluída, novos povoados poderão surgir, pondo em risco em menos de dois anos a capacidade do complexo arqueológico e o delicado ecossistema da região que as autoridades tentam preservar a todo custo.
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