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03/09/2009 - 21h38

Memória cinéfila está no DNA e no cenário nova-iorquinos

JAIME BORQUEZ
colaboração para a Folha de S.Paulo

A memória cinéfila toma de assalto até de quem bota os pés pela primeira vez na Big Apple. Já no desembarque, no aeroporto JFK, a sensação é de que já vimos esse filme. E essa impressão continua quando caminhamos pelas ruas e parques, vemos as pontes sobre o rio Hudson e os prédios. O metrô e os táxis Yellow Cab também estão nesse filme imaginário.

Quando, no dia 11 de setembro de 2001, a irracionalidade dos atentados terroristas solapou os prédios do World Trade Center e apagou milhares de vidas, desapareceu também o cenário de dezenas de longas-metragens --"O Homem Aranha", de Sam Raimi, em produção, teve que refazer cenas em onde apareciam as torres gêmeas.

Arte Folha

Percorrer Manhattan com o iPod cheio de músicas inspiradas na cidade mostra que, além das alusões ao cinema, Nova York tem trilha musical. A frase "New York, você é o cenário de todos esses filmes", cantada no show de Simon & Garfunkel no Central Park em 1981, quando a dupla se reencontrou, não poderia ser mais direta. A canção não é deles, e sim de Benny Gallagher e Graham Lyle. Mas na voz de Art Garfunkel, ela toma contornos de Big Apple.

Todo dia há, em diferentes pontos da metrópole que nunca dorme --como Frank Sinatra (1915-1998) trombeteou numa de suas mais famosas canções --alguma produção rodando algum filme, seja longa, média ou curta metragem, filmes publicitários e vídeo-clips.

Nasce um cenário

Ícone da vida nova-iorquina, o Subway, codinome do metrô, foi aberto em 1904 e transporta diariamente 5 milhões de passageiros --e você, certamente, deve tê-lo visto em mais de uma cena de cinema. Aliás, o primeiro filme feito no sistema do NYC Transit teve como autor o inventor Thomas A. Edison (1847-1931), isso já em1904.

A câmara foi montada na frente de um carro do metrô e percorreu a linha da Lexington Avenue. A filmagem não tem som nem enredo, mas ali nasceu uma tradição, ou melhor dizendo, uma paixão literalmente cinematográfica. Na Freebase (www.freebase.com), uma das tantas páginas da Internet dedicadas a filmes que têm Nova York como locação, há 600 verbetes.

A força cênica da metrópole ganhou contornos maliciosos quando as pernas da Marilyn Monroe aparecem em "O Pecado Mora ao Lado" (1955), de Billy Wilder, graças a seu esvoaçante vestido branco -e a um providencial golpe de vento vindo de um respiro do metrô.

Macabro e surpreendente, "O Bebê de Rosemary" (1968), de Roman Polanski, foi rodado no prédio Dakota, o mesmo onde morou e morreu, assassinado na calçada, o beatle John Lennon (1940-1980).

Woody Allen, um nova-iorquino de carteirinha, fez ali diversas de suas obras-primas, com destaque para "Manhattan" (1979), retrato --em preto e branco-- de uma Nova York lírica e romântica que, emoldurada pela ponte Queensboro, conta a história de Isaac Davis (Allen), personagem de meia-idade que se apaixona por uma menina de 17 anos chamada Tracy (Mariel Hemingway).

Já a ponte do Brooklyn aparece em "Mais e Melhores Blues", filme de Spike Lee, outro cineasta nova-iorquino. Martin Scorsese, também nativo, ambientou na metrópole filmes violentos e vibrantes que, apenas lançados, viraram clássicos, caso de "Taxi Driver" (1976) e "Goodfellas" (1990).

E há "The Sex and The City", série televisiva edulcorada que virou filme de Michael Patrick King, em 2008, mostrando a relação íntima de quatro amigas em Nova York --a mais conhecida delas é representada pela atriz Sarah Jessica Parker.

Colaborou Silvio Cioffi, editor de Turismo

 

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