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09/07/2001 - 11h59

Megaexposição da moda na Bélgica tem 4 mostras temáticas

GUILHERME WERNECK
da Folha de S.Paulo

Ao chegar à Antuérpia já é possível notar que algo fora do comum está acontecendo. A torre da polícia tem sua lateral coberta por uma enorme faixa de pano azul-clara, a fachada do Museu de Arte Contemporânea (Muhka) se esconde atrás de uma faixa vermelha. Peruas com listras verde-limão cortam as ruas.

Todas as cores que tomam a cidade são as pistas que devem ser seguidas para aproveitar a maior exposição de moda já realizada na Antuérpia: a "Mode 2001", organizada pelo Flandres Fashion Institute (Instituto de Moda de Flandres) e pelo Antwerpen Open (uma organização artística independente criada para promover a região internacionalmente).

Inaugurada em maio, a "Mode 2001" fica em cartaz até 7 de outubro. Além de ocupar pontos estratégicos da cidade com quatro mostras temáticas, o curador da exposição, Walter Van Beirendonck (veja entrevista com ele na pág. F10), ainda criou cinco roteiros diferentes para o turista explorar a moda da Antuérpia.
As quatro exposições principais são "Mutilar?", montada no Muhka, "Emoções", na torre da polícia, "Radicais", que ocupa um terreno próximo às docas, ao norte da cidade, e "Duas Mulheres", montada no antigo Palácio Real.

"Emoções"

Disposta na antiga sala de ginástica do prédio da polícia na Antuérpia, a exposição "Emoções" talvez seja a que menos emocione o turista brasileiro.

Ela é composta por duas videoinstalações, que passam curtas com cem depoimentos de pessoas ligadas ao mundo da moda, da arte e do design. Todas respondem qual foi sua maior emoção em relação à moda.

O problema é que muitos depoimentos são em flamengo (holandês falado no norte da Bélgica) e a chance de não entender nada é grande. Por outro lado, há diversos em inglês e francês e muitos são bastante interessantes.

Outro motivo para não perder essa mostra é a vista panorâmica que se tem do alto da torre.

"Duas mulheres"

"Duas Mulheres" une criadoras que fizeram revoluções muito particulares no mundo da moda. A primeira é Gabrielle "Coco" Chanel e a segunda é a japonesa Rei Kawakubo, da grife Comme des Garçons. Toda a mostra foi montada no antigo Palácio Real, o que confere uma atmosfera de reverência às estilistas.

Chanel domina a cena. Os vídeos nos quais ela apresenta sua visão de moda e a sala dedicada a seus famosos tailleurs são imperdíveis. Veja também as instalações sobre a estilista e uma sala com uma coleção de jóias.

A parte dedicada a Rei Kawakubo é mais dinâmica. A cada mês, a estilista irá fazer um desfile diferente com as mesmas criações, que será filmado e exposto. Todos os desfiles são para convidados. Apenas o último é aberto, mas não há mais ingressos.

"Radicais"

"Radicais" talvez seja a mostra que remeta mais diretamente ao conceito de moda. Ela é composta por 20 outdoors dedicados a grifes e estilistas inovadores, dispostos em círculo. Cada outdoor tem um sistema de painéis rotativos, que mostra três imagens diferentes de cada criador.

Entre os estilistas e marcas que têm seus "looks" apresentados estão Junya Watanabe, Hussein Chalayan, Comme des Garçons, Walter Van Beirendonck, Dirk Van Saene, Victor & Rolf, Bless, Carol Christian Poell, Susan Cianciolo e Véronique Branquinho.

"Mutilar?"

A mais extravagante e radical das exposições é "Multilar?". A mostra explora os novos limites da moda, que transpõe a barreira das roupas para ganhar o corpo humano. As modificações sofridas pelo corpo são mostradas de ângulos diferentes, muitas vezes traçando uma perspectiva histórica ou antropológica da moda e da cultura para explicar o fenômeno.

A primeira sala é toda dedicada aos confrontos e traz instalações que combinam imagens antropológicas com visões mais contemporâneas da moda.

Dessa forma, convivem lado a lado tatuagens da Polinésia, pinturas corporais de índios brasileiros, crânios deformados de africanas, sapatinhos chineses feitos para conter o crescimento dos pés, o "look" punk dos Sex Pistols, a magreza de Twiggy e um apanhado de sapatos de salto alto. Subliminarmente, a estética sadomasoquista permeia várias roupas, principalmente os espartilhos.

Uma sala que deve ser visitada é a que traz um apanhado de filmes de body art do século 20, forma de arte em que o corpo do artista passa a ser a própria obra.

Outro ponto alto da exposição é a sala dedicada à transformação. Ela possui painéis enormes com fotos de Amanda Lepore, um transexual que remodelou todo o seu corpo através da cirurgia plástica, estendendo os limites do conceito de beleza.

Pacotes

Por pessoa
Sem aéreo
US$ 144

Três noites na Antuérpia, com café e taxas. Na Viaje Bem: 0/ xx/11/3266-3070.

US$ 270
Três noites em Bruxelas, com café, city tour e passeio à Antuérpia. Na Twelve Stars: 0/ xx/11/3666-1666.

Com aéreo
US$ 989

Seis noites em Bruxelas, com café. Na GateOne: 0/xx/11/ 3171-0474.

US$ 1.559
Cinco noites em Bruxelas, com café e city tour. Na Taks Tour: 0/xx/11/6459-3355.

US$ 1.625
Quatro noites na Bélgica e na Holanda, com café e quatro refeições. Na Beeline: 0/xx/11/ 3171-1544.

US$ 2.490
Seis noites em Amsterdã, Bruxelas e Paris, com café, passeios e seguro. Na Soletur: 0/ xx/11/3170-0919.

US$ 2.600
Dez dias na Antuérpia, com café da manhã. Na Native Land: 0/xx/11/3032-2272.

Leia também:

  • Mostra "Mode 2001", em Antuérpia", mescla moda e artes plásticas

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