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NÍVEL TÉCNICO

Técnicos sofrem com modernos

DA REPORTAGEM LOCAL

Recordistas em viradas de mesas, as equipes do Clube dos 13 se especializaram também nas últimas temporadas e, principalmente, em 2000 nas “puxadas de tapetes” de seus treinadores.
Dos 20 membros atuais da entidade, 16, ou 80% do total, já trocaram de técnico na temporada.
No ano passado, a porcentagem de trocas dos times que disputaram o Brasileiro no mesmo estágio da temporada foi de 50%.
Agora, alguns clubes, como Vitória e Cruzeiro, já demitiram dois técnicos na temporada.
Nos dois casos, as demissões aconteceram mesmo depois da conquista de títulos _os baianos dispensaram Arthurzinho depois da conquista do Estadual, enquanto os mineiros desprezaram Marco Aurélio após o título da Copa do Brasil.
No caso do Cruzeiro, Luiz Felipe Scolari foi anunciado como novo técnico momentos antes da decisão da Copa do Brasil, contra o São Paulo.
Entre os fundadores do Clube dos 13, nenhum tem o mesmo treinador por mais de um ano.
Casos como o de Antônio Lopes no Vasco e de Scolari no Palmeiras são cada vez mais raros.
Lopes foi dispensado do clube carioca no início do ano, depois de mais de três anos comandando a equipe. Scolari, aparentemente por vontade própria, deixou o Palmeiras neste mês depois de três anos.
As dispensas de treinadores entre os membros do Clube dos 13 aconteceram com mais intensidade justamente nos times que têm parcerias milionárias com grupos estrangeiros.
Corinthians e Cruzeiro, os dois sob controle do fundo norte-americano HMTF, e Grêmio e Flamengo, ambos com contratos com a suíça ISL, já jogaram foram o “manual” da modernidade e dispensaram seus treinadores depois de resultados ruins.
No caso corintiano, nem três títulos em menos de um ano, inclusive o do Mundial de Clubes da Fifa, evitaram a degola de Oswaldo de Oliveira depois da derrota nas semifinais da Taça Libertadores da América para o Palmeiras.
O Cruzeiro, além da dispensa do campeão Marco Aurélio, já havia demitido Paulo Autuori no início da temporada.
Assim como o HMTF, a ISL também não conseguiu controlar os diretores dos clubes com quem têm parceria.
No Flamengo, Paulo César Carpegiani ficou sem emprego depois de perder o primeiro turno do Estadual do Rio.
Emerson Leão, no Grêmio, teve ainda menos tempo de mostrar serviço _foi dispensado com dois meses de trabalho.
Enquanto clubes com parcerias abusam das demissões, outras, com o velho estilo amador de administração, continuam apostando no mesmo treinador.
É o caso, por exemplo, do Inter. O time de Porto Alegre, que passa por uma fase de penúria, mantém Zé Mário mesmo após resultados ruins no primeiro semestre _no Campeonato Gaúcho-2000, por exemplo, o time terminou em terceiro lugar. (PC)


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