Frios pendurados, decoração exagerada. Na Itália não é bem assim, mas no imaginário brasileiro um restaurante italiano é desse jeito.
A palavra por trás das pizzas favoritas é uma só: tradição. O que ela significa para as duas casas que as servem, porém, varia.
O que guia o sucesso da casa do chef Rodrigo Oliveira não é só a curiosidade por um restaurante que lapidou a cozinha nordestina. Ir até a zona norte para almoçar num lugar localizado em frente a uma loja de embalagens e a uma autoescola se tornou fetiche do paulistano acostumado ao circuito limitado entre Pinheiros e Jardins.
Para quem não é rico, ir ao D.O.M. ou ao Fasano é turismo, viagem infrequente. No D.O.M., você cavalga na Mongólia, faz foto em Nagaland ou trilha em Papua-Nova Guiné. No Fasano, visita Paris ou Florença.
Senta, que lá vem o gaúcho. Não o garçom de bombachas. O churrasco, mesmo, especialidade desta casa, pela sétima vez consecutiva a melhor da cidade na opinião do paulistano, segundo pesquisa Datafolha.
A curta e estreita rua Basílio da Gama, bem perto do metrô República, no centro, guarda uma das mais tradicionais casas da culinária árabe: o Almanara, que se apresentou aos paulistanos na década de 1950.
Sobre restaurantes japoneses, um amigo diz que não vai a lugares onde servem a comida fria e o guardanapo quente.
Tenho um amigo americano que não se conforma com o sucesso do Outback no Brasil. Mas não foi à toa sua escolha como o melhor restaurante para ir com a família.
Você acaba de se sentar e antes mesmo de escolher sua bebida, o garçom já pergunta: "Quer que eu tire uma foto do casal?"
O Coco Bambu e o A Figueira Rubayat foram eleitos como "o melhor restaurante a que você já foi" pelos paulistanos ouvidos pelo Datafolha. Ambos dão pistas do que o morador da cidade valoriza ao comer fora: fartura no prato, ambientação tradicional e apostas gastronômicas seguras.